Pelotas registra 63.6 milímetros de chuva em menos de duas horas
Prefeitura e Defesa Civil monitoram áreas alagadas e auxiliam famílias que tiveram suas casas atingidas pela água
Em cerca de duas horas alguns pontos do Município de Pelotas registraram um acúmulo de 63.6 milímetros (mm) de chuva, quase a metade da média esperada para todo o mês de fevereiro, que é de 138 mm, conforme informações do Inmet. “Não há sistema de drenagem que resista a essa quantidade de chuva”, afirma o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales, referindo-se aos pontos que ficaram temporariamente inundados. A prefeitura e a Defesa Civil trabalham, durante a tarde desta quinta-feira (23), no monitoramento dos pontos mais prejudicados pela forte chuva, que atingiu residências na zona norte e alagou ruas da praia do Laranjal e da região do Porto.
Hoje o nível do Canal São Gonçalo registrou 82 centímetros acima do nível normal. Apesar da grande quantidade de chuva em um curto período de tempo, as casas de bombas Anglo e Leste, que escoam as águas do canal do Pepino e do Meneghetti, respectivamente, estão dando bons resultados no escoamento.
O diretor-presidente do Sanep, Alexandre Garcia, acompanhou o trabalho nas casas de bombas durante a tarde. Ele explica que a Casa Anglo tem funcionado com duas bombas e vazão de 1.250 litros de água por segundo, escoando a água de parte do Centro e do Porto para o canal São Gonçalo. Na Casa Leste, uma barreira de contenção colocada para reter a passagem de lixo rompeu e as equipes do Sanep fizeram a retirada manual dos resíduos que trancavam a passagem da água nas grades de escoamento. Uma retroescavadeira foi deslocada para o local para fazer a retirada do lixo concentrado. Na Casa de Bombas Farroupilha uma geladeira foi responsável por trancar a passagem da água pelo sistema de drenagem, o que afetou o escoamento da água, causando alagamento em alguns locais próximos.
Defesa Civil em alerta
No loteamento Eldorado e no Jardim de Alah a água chegou a 30 cm de altura na via pública e invadiu algumas casas. De acordo com a Defesa Civil, a rua Raul Pompéia, na zona Norte do Município, foi uma das mais atingidas, com registro de ter alcançado um metro em algumas casas. O trânsito foi afetado em alguns locais, como nas avenidas Fernando Osório e Ferreira Viana, no Lindóia, e no Porto.