PISO REGIONAL : Técnicos de Saúde preparam marcha de protesto contra rede hospitalar
Categoria participa de assembleias nas quais está sendo agilizado protesto contra hospitais de Pelotas que descumprem lei estadual em vigor desde fevereiro deste ano.
A FAU é exceção: está comprometida com o pagamento do piso salarial regional aos trabalhadores técnicos do seu quadro funcional. As demais instituições de saúde de Pelotas ainda relutam em cumprir integralmente o que determina a Lei Estadual 14460/2014, que cria o piso regional de R$ 1.100,00 aos trabalhadores da faixa 5. Os gestores entendem que para fazer jus ao piso os trabalhadores têm de cumprir jornada de 220 horas mensais.
O Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde (SindiSaúde) de Pelotas entende que a carga horária mensal a ser cumprida é de 180 horas. Os trabalhadores também. E desde o dia 16 deste mês, a entidade sindical está realizando assembléias individuais com os trabalhadores das instituições para deliberar sobre o rumo a ser tomado caso persista a negativa dos gestores em cumprir a lei estadual.
Já foram realizadas assembléias com os trabalhadores da FAU, Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), Beneficência Portuguesa, Santa Casa de Misericórdia e Hospital Espírita. Ontem ocorreu assembleia dos trabalhadores do Hospital Espírita; nesta sexta-feira (23) acontece encontro dos servidores do Hospital Miguel Piltcher. Os encontros deverão reunir cerca de 650 trabalhadores. Em Pelotas, a estimativa é que as instituições de saúde concentrem aproximadamente 1,2 mil trabalhadores técnicos.
MARCHA – No dia 30 deste mês os trabalhadores farão uma marcha na qual pretendem demonstrar à população o seu descontentamento com a posição dos gestores das instituições hospitalares. Eles sairão da frente do SindiSaúde às 8h30min em direção ao centro da Cidade, passarão em frente aos hospitais e retornarão até a Câmara de Vereadores para audiência pública. A direção do SindiSaúde não descarta a possibilidade de encaminhar discussão que poderá culminar com a paralisação dos serviços dos profissionais técnicos, enfermagem e outros, nos hospitais de Pelotas.
“Nós só temos a lamentar, pois entendemos que uma profissão que cuida do ser humano merece mais consideração de parte de alguns gestores das instituições. E esperamos que essa movimentação sensibilize os gestores no sentido de evitar uma greve que será muito ruim para o sistema de saúde do município, que é pólo regional em serviços de saúde”, diz o presidente do SindiSaúde, Luciano Viegas.