Pitol estranha demora do Brasil
Goleiro reitera desejo de permanecer no clube, mas se angustia com silêncio da diretoria rubro-negra
Estranho. É desta forma que Marcelo Pitol define a espera pela diretoria do Brasil para que ocorra a renovação de contrato. O goleiro gostaria que a questão tivesse sido resolvida até o fim de semana. E assim ele sairia tranquilo de férias. Até sábado à noite, Pitol continuava ansioso por uma ligação do presidente Ricardo Fonseca. “Só não fico no Brasil se o presidente ou a comissão técnica não quiser”, afirma.
“Eu vejo que está um pouco estranho, eu gostaria que já tivesse se resolvido isso. Com certeza não é por causa de valores. Isso é a maior certeza que tenho. É lógico que uma pequena valorização tem que existir, porque eu vim (para o Brasil) ganhando menos do ganhava no Caxias. Hoje eu quero sim um pouquinho mais, mas não vai chegar nem perto da maioria dos outros jogadores”, diz Marcelo Pitol.
Um dos destaques do Xavante no Brasileiro da Série B, Pitol bate na tecla que a questão salarial, apesar da pretendida “pequena valorização”, não irá impedir a renovação de contrato. “Não é a questão salarial que vai pesar, porque, às vezes as pessoas me perguntam isso e levam adiante dizendo que é o salário, mas não é. Dos que estavam jogando, eu era um dos que menos ganhava, e ajudei bastante. Posso dizer assim que não é por causa do salário que eu não renovo. Eu quero ficar e espero que a direção entre em contato logo e a gente acerte a situação”, afirma o goleiro.
Em todo o momento, Pitol ressalta o desejo de permanecer no Bento Freitas. “Eu quero ficar. E quando o atleta quer ficar é o que importa. Vejo que 99% do torcedor quer que eu fique. Quem comanda o clube, quem manda, se realmente quer, toma essa decisão e acerta logo para não ter mais esse assunto, e todo mundo sair de férias, seguir as férias, tranquilo”.
RETORNO – Depois de 12 anos, Marcelo Pitol retornou ao Brasil em abril de 2017. Para jogar, ele teria que ganhar a disputa com Eduardo Martini – um dos ícones dos acessos nacionais do clube. O titular entrou numa fase declínio técnico, abrindo espaço para que Pitol mostrasse seu trabalho. Seu primeiro jogo foi diante do Internacional – derrota de 1 a 0 no Bento Freitas. Foi o melhor jogador do time em campo, impedindo que houvesse uma goleada.
Depois se passou mais duas rodadas para que Marcelo Pitol ganhasse a titularidade do time. E não largou mais a posição. “O ano de 2017 foi muito bom para mim. Fui campeão do interior no Caxias e, depois, no meu retorno ao Brasil, deu tudo certo, acabei jogando e pude ajudar o Brasil dentro do campo”, completa.