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sábado, 16 de novembro de 2024

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PLANO SAFRA : Federarroz considera ainda elevadas taxas de juros

PLANO SAFRA : Federarroz considera ainda elevadas taxas de juros
06 maio
09:43 2016

O anúncio da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, de um aumento de 8% no volume de recursos para financiamento da safra agrícola 2016/2017, na comparação com o ano passado, foi considerado adequado pelo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, devido ao contexto em que vive a economia brasileira.

Salientou, no entanto, que os juros permanecem muito altos, principalmente para as culturas, como o arroz, que estão com suas rentabilidades baixas.

Em solenidade no Palácio do Planalto, quarta-feira, o governo anunciou recursos de R$ 202,88 bilhões e um ajuste em torno de 0,75% nos juros, com taxas que variam de 8,5% a 12% ao ano. Segundo Dornelles, 9,5% para a agricultura empresarial é um juro elevado. Também foi anunciado um aumento de 20% dos recursos para custeio e comercialização a juros controlados. A modalidade contará com R$ 115,8 bilhões.

Dornelles disse ainda que em termos gerais o anúncio transpareceu como um evento de despedida, com a defesa do governo federal e também do Ministério da Agricultura nas falas da presidente Dilma Rousseff e da ministra Kátia Abreu. “De certa forma mostraram que têm a agricultura como importante componente na economia, onde o investimento gera retorno garantido”, explica.

Com relação ao seguro agrícola, o dirigente ressalta que foi apenas citado com um dos tripés que o governo tem dado atenção, juntamente com o crédito. Lembra que embora não haja nada escrito, foi falado em R$ 2 bilhões para subvenção. “No ano passado o governo falou em R$ 1 bilhão, mas foram aplicados menos de R$ 500 milhões, portanto, ainda há muita informação que precisa ser confirmada”, destaca.

Dornelles lembra que o Plano Agrícola e Pecuário ainda não foi votado pelo Conselho Monetário Nacional. Também ressalta que não houve autorização ou qualquer debate sobre os preços mínimos que, conforme o dirigente, são duas variáveis relevantes. “Sempre antes do lançamento do Plano Safra, os preços mínimos estão definidos, o que não ocorreu dessa vez”, afirma.

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