POLÍCIA CIVIL : Estelionatários aplicavam golpe no setor de imóveis em Pelotas
Organização criminosa embolsou R$50 mil no golpe do “falso aluguel”
Agentes da 1ª Delegacia da Polícia Civil de Pelotas cumpriram, na manhã de sexta-feira, seis ordens judiciais para desarticular um grupo de estelionatários que aplicava golpes do falso aluguel de imóveis. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em uma imobiliária no centro e, em endereços ligados aos investigados. Além disso, duas pessoas foram conduzidas ao Presídio Regional de Pelotas (PRP), para colocação de tornozeleira eletrônica. Outros dois suspeitos ainda são procurados.
TORNOZELEIRA – “Inicialmente representamos pela prisão preventiva dos suspeitos, uma vez que eles continuavam aplicando golpes e poderiam fugir da cidade, entretanto o poder judiciário entendeu por uma medida cautelar diversa da prisão, que foi a disposição da tornozeleira e a impossibilidade dos suspeitos deixarem a comarca”, explica o delegado titular da 1ª DP, Gustavo Pereira. Durante o cumprimento das ordens, os policiais apreenderam celulares dos suspeitos que serão analisados durante o Inquérito.
IMOBILIÁRIA – No curso da investigação os policiais apuraram que os golpistas criaram uma estrutura comercial para aplicar os golpes. “Eles tinham uma empresa legalizada, em que pese não estarem registrados no CRECI, órgão responsável pela atividade imobiliária. Com a imobiliária, os estelionatários atraíam as vítimas, principalmente com anúncios nas redes sociais, pegavam um adiantamento do aluguel e os locatários não conseguiam ingressar no imóvel, momento em que se davam conta de que tinham caído em um golpe”, afirma o delegado.
ESTELIONATO – Os acusados são investigados pelo crime de estelionato e organização criminosa. “Temos informações de que os alvos da ação, têm uma ramificação em Santa Catarina, inclusive com sócio lá. Eles se utilizariam do mesmo modus operandi, ou seja, criam uma empresa com ares de legalidade, fazem contratos fictícios e ficam com o dinheiro do caução sem que o contratante tenha acesso ao imóvel supostamente alugado”, destaca o delegado.
Os investigadores da 1ª DP continuam apurando a participação de outros funcionários da imobiliária nos golpes. A Polícia Civil estima ao menos R$50 mil em prejuízo para diversas vítimas, entretanto inúmeras outras pessoas podem ter sido lesadas pelo grupo.
