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POLÍCIA CIVIL : Operação Alcateia desarticula quadrilha do golpe do cartão

POLÍCIA CIVIL  : Operação Alcateia desarticula  quadrilha do golpe do cartão
09 dezembro
08:30 2020

Investigação da 1ª DP de Pelotas contribuiu para dezesseis prisões em São Paulo

Na manhã de terça-feira, a Polícia Civil deflagrou a Operação Alcateia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em aplicar, particularmente em idosos, o Golpe do Cartão de Crédito Clonado. Foram cumpridos 87 mandados judiciais, sendo 67 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão preventiva. Na ação 16 pessoas foram presas, entre as quais dois líderes da organização. Foram apreendidos diversos objetos relativos aos golpes, inclusive duas centrais telefônicas. PELOTAS – A Operação Alcateia é resultado de investigações realizadas por duas delegacias da Polícia Civil Gaúcha, a Delegacia de Proteção ao Idoso e Combate à Intolerância (DPICOI) de Santa Maria, e a 1ª DP de Pelotas. O cumprimento dos mandados judiciais, realizados no estado de São Paulo, foi executado com o auxilio da Polícia Civil de São Paulo. A ação foi batizada com o nome de Alcateia devido ao fato de os estelionatários iniciarem o contato com a vítima com a desculpa de que estão tentando ajudar, a sua atuação foi comparada à expressão “lobo em pele de cordeiro”.

No total as vítimas foram lesadas em mais de R$500 mil

Estima-se que o valor de prejuízo às vítimas totalize mais de R$550.000,00. Já foram identificadas 43 pessoas com participação direta e indireta nos crimes, entre as quais “motocas”, responsáveis pela busca dos cartões, “telefonistas”, responsáveis pelo trabalho de instalação da central com o sistema “URA”, e também pelo local de onde são feitas as ligações, “fiscais” responsáveis por fiscalizar as transferências bancárias, e “laranjas”.

DADOS NA INTERNET – Apurou-se que os dados de 62 mil vítimas, quase todas idosas, foram vendidos para os criminosos pela empresa “Direct Já”. Dentre os dados há as seguintes informações: nome completo; data de nascimento; endereço completo; telefones fixo e celular; email; escolaridade; profissão; aposentadoria (sim ou não); se a pessoa possui banda larga; renda banco utilizado e agência bancária. Essa é a forma pela qual os criminosos conseguem dar credibilidade a sua conduta. Pois, assim, a vítima acredita que está falando com um representante da central ou do banco.

ZONA SUL – A DPICOI já identificou 43 pessoas com participação direta e indireta nos crimes. Foi constatado e comprovado, por diversos meios investigativos, que a organização criminosa pratica crimes em diversos estados do país, sendo que podem ser citados os Estados: Rio Grande do Sul; Santa Catarina; Paraná; Piauí; São Paulo; Espírito Santo e Rio de Janeiro. Ainda, no Rio Grande do Sul, somente no período em que a investigação se desenrola, foram praticados crimes nas cidades: Santa Maria; Cachoeira do Sul; Rio Pardo; Passo Fundo; Pelotas; Rio Grande; Erechim, Caxias do Sul e Soledade. Somente na cidade de Santa Maria, no período 1º de janeiro de 2020 até a data de 1º de dezembro de 2020, foram praticados 67 golpes desse tipo, com prejuízo às vítimas totalizando mais de R$ 550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil reais).

LÍDERES – Pela investigação da 1ª DP de Pelotas, cujo titular é o delegado Gustavo Pereira, em São Paulo e Campinas, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. Foram presos dois indivíduos identificados como líderes da organização. Um terceiro indivíduo é considerado foragido.

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