Diário da Manhã

domingo, 24 de novembro de 2024

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POLÍTICA CULTURAL : Secretaria de Cultura apresenta balanço

30 dezembro
09:39 2015

Trunfos como a democratização do incentivo através da “política de editais”, convivem a possibilidade de diminuição de verba

Por Carlos Cogoy

O orçamento pleiteado para 2016 é de R$2.668,40. Até ontem, quando o secretário Giorgio Ronna e equipe, apresentaram o balanço de 2015, ainda estava para ser votado. O valor aumenta consideravelmente, quando conjugado a outras fontes, como as verbas para os programas de recuperação dos prédios históricos. A perspectiva, no entanto, não é das mais animadoras. Afinal, como observou Giorgio, o contexto é de crise econômica. Como sinal das limitações financeiras, a programação de verão na praia. Neste ano houve dezoito shows nos balneários. Já o edital Verão 2016, estará selecionando oito trabalhos musicais. Assim, ao invés de atrações semanais, shows quinzenais. Outro projeto que também terá periodicidade espaçada, será o “Sete ao Entardecer”. A perspectiva é de que, ao invés dos shows semanais, a apresentações sejam quinzenais. De acordo com o secretário, a medida é para “preservar o trabalhador da cultura”. Diante das dificuldades, mantém-se a viabilidade mas encurtando as datas na agenda.

Secretário Giorgio Ronna

Secretário Giorgio Ronna

CONQUISTAS – Secretário Giorgio e a equipe integrada por Clotilde Victória, Paulo Pedrozo, Alessandra Ferreira, Lúcio Xavier, Helenira, Gisela e Deco Rodrigues, explanaram sobre os avanços e conquistas em 2015. No ano foram aportados R$1.247,284,00 em atividades artístico-culturais. O balanço identifica a destinação dos recursos, e atribui a quase totalidade aos “editais”. Em 2015, a Secult consolidou o “edital” como instrumento para a seleção de projetos e protagonistas. Além de viabilizar inúmeras iniciativas da comunidade, o processo também contribuiu para que os agentes culturais procurassem apreender os critérios necessários à participação. Assim, o “edital” tem sido pedagógico pois, além das perspectivas locais, o preenchimento correto de documentação e planilhas, também é experiência que auxilia para pleitear leis de incentivo no Estado e no âmbito do Ministério da Cultura. Alessandra exemplificou com o Prêmio Movimento, que valoriza a trajetória de artistas populares. Para a inscrição, diante de possível dificuldade para encaminhar informações, também é aceita a inscrição “oral”. Com isso, não ocorre exclusão diante da exigência formal.

VIRADA cultural foi outro trunfo ressaltado pela equipe. No primeiro ano da iniciativa, houve adesão de diferentes segmentos e, além do palco e atividades nos casarões do centro da cidade, também ocorreram projetos em territórios como o Porto e Areal. Helenira abordou sobre a programação durante a Semana da Consciência Negra, destacando oficinas em escolas da rede pública. Outra abordagem, referiu-se ao êxito do Mercado das Pulgas. A diretora Clotilde mencionou o Mercado Público como equipamento que está consagrado no cotidiano da comunidade, com opções variadas e boa circulação de público. Lúcio Xavier salientou a Feira do Livro, mencionando as semanas que possibilitaram a frequência e visitação dos alunos durante a tarde.

PROCULTURA de 2016 terá R$460 mil em recursos públicos. Neste ano, o programa municipal de incentivo à cultura, viabilizou dezoito projetos. Em relação ao Sistema Municipal de Cultura, o projeto de lei está redigido, e aguarda manifestação do Conselho Municipal de Cultura (CONCULT). Já para a elaboração do Plano Municipal de Cultura, houve duas pré-conferências territoriais de cultura.  

DIÁLOGO promovido pela Secult , através das edições do “café da tarde com a imprensa”, contribuiu para agilizar a divulgação de informações. Além de democratizar o acesso aos projetos, ações e necessidades da secretaria, também estabeleceu informal troca de ideias.

Exemplo para outros órgãos públicos e instituições, o “café com a imprensa” ainda favorece o questionamento aberto acerca de temas que mobilizam a opinião pública. No segmento da política cultural em Pelotas, inescapável a abordagem sobre demandas como o “Carnaval”, bem como a recuperação do Theatro Sete de Abril. E a equipe da Secult tratou de esclarecer sobre as demandas.

Secult giorgio 4CARNAVAL 2016

Pequeno grupo de carnavalescos, pouco antes do “balanço” promovido pela Secult, concentrava-se ontem à tarde à entrada do Casarão 2 à Praça Cel. Pedro Osório. Inquietos, eles aguardavam a chegada do secretário e equipe. O propósito era entregar parecer da Associação das Entidades Carnavalescas de Pelotas (ASSECAP). No documento, manifesto acerca da proposta da Secult para o Carnaval 2016.

ORÇAMENTO de R$300 mil para o Carnaval. O valor enxuto reflete a crise econômica que sacode a nação. A exemplo de 2015, a Secult procurou a parceria com a Assecap. Conforme explica a diretora executiva Clotilde Victória, respeitando o teto de recursos disponíveis, foram apresentadas três ideias: Festa de Carnaval no antigo hipódromo, contemplando blocos, bandas e escolas, e o Domingo de Carnaval na av. Bento para crianças e adolescentes; ou Carnaval na Praia, em três dias, com desfile por categoria. Do valor orçado, cachês inclusos para as entidades.

REJEITADAS as propostas sob alegação que a festa proposta já é realizada durante o ano como preparação. “Festas setorizadas não caracterizam o carnaval da cidade”, enfatiza a Assecap.

Theatro 7 de Abril

Vencidas as etapas de aprovação e liberação para a obra de restauração do Theatro Sete de Abril e, não surgindo alguma demora nos prazos, com sorte a empresa para efetuar o trabalho, poderá estar licitada em setembro. A abordagem foi feita ontem na reunião da equipe da Secult e imprensa. Entre os entraves, por exemplo, a liberação que depende do Corpo de Bombeiros. O parecer é aguardado desde abril. Patrimônio dos pelotenses, o Theatro é equipamento cujo projeto de recuperação está elaborado e aprovado.

 

 

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