Prefeito Eduardo Leite fala ao Diário da Manhã
No dia do aniversário de Pelotas , o prefeito Eduardo Leite fala aos leitores do DM, em entrevista exclusiva, sobre a cidade que pretende para o futuro e sobre as obras que deseja entregar aos pelotenses até o fim do mandato.
DIÁRIO DA MANHÃ – Na sua avaliação, qual a grande marca do seu Governo até agora?
EDUARDO LEITE – Esse governo marca-se muito pela coragem de enfrentamento de problemas crônicos da cidade, especialmente no que se refere à organização do espaço público, como a questão dos trêileres, dos ambulantes e da reorganização do calçadão, do shopping popular, da implantação do estacionamento rotativo, na duplicação do número de agentes de trânsito, nem sempre uma atividade simpática ao cidadão. Esses foram posicionamentos do governo de enfrentar problemas que se arrastavam na cidade, temas espinhosos, que significam confrontar alguns interesses privados.
DM – A cidade que o senhor entregará ao final do mandato é melhor do que a que recebeu?
EDUARDO – Seguramente entregaremos a cidade com muitas melhorias, melhor que a que recebemos, como é o desafio de todo o governo. E nós temos a segurança de que isso já acontece e vai acontecer cada vez mais. Como na Saúde: algumas iniciativas desse governo já significaram avanços importantes: aumentamos de 30% de cobertura populacional da Estratégia Saúde da Família para 69%, mais que dobramos o número de agentes comunitários de saúde. Isso fortalece a prevenção e significa menos problemas na ponta.
O Programa Mãe Pelotense vai nessa linha e é o responsável por uma redução muito expressiva da mortalidade infantil na cidade. A contratualização de novos leitos reduziu pela metade o período de espera no Pronto Socorro. E, o que vem pela frente, com a inauguração das UPAs, o teleagendamento das consultas, que servirão para acabar com as filas, e o ponto biométrico para controle da frequência dos servidores nas UBSs. O avanço na saúde bucal e a Rede Bem Cuidar são outros exemplos de inovação na área e de melhor cuidado com as pessoas.
Na qualificação dos espaços urbanos também há uma melhoria que começa a aparecer com a nova usina de asfalto mas que vai se intensificar com as grandes obras que começam a acontecer a partir dos próximos dias, como a repavimentação da avenida Bento Gonçalves, a duplicação da avenida Salgado Filho, a pavimentação de vias de acesso ao aeroporto e outras obras que serão licitadas em breve, como as ruas João Jacob Bainy e Zeferino Costa, que devem entrar em licitação rapidamente.
São obras que vão acontecer nos próximos meses e irão qualificar muito o espaço urbano da cidade, como outros projetos de corredores de ônibus nas ruas Osório e Deodoro e a duplicação da avenida JK. Vamos chegar ao final do governo com ampliação e qualificação significativa da malha cicloviária da cidade.
DM – Uma das áreas críticas de todos os governos é a Saúde. Porque as obras das UPAS, atrasadas, ainda não ficaram prontas?
EDUARDO – Antes de mais nada é importante não esquecer que nós estamos tirando as UPAs do papel, onde elas estavam desde 2009. Em 2013, quando assumimos, elas sequer tinham sido licitadas. O projeto foi concluído dentro do nosso mandato. Nós levamos a licitação para a rua, começamos as obras e enfrentamos as dificuldades climáticas de um ano atípico no ano passado. Mas o importante é que as obras estão em pleno andamento e vão ser entregue dentro deste mandato.
DM – Com relação especificamente à UPA da Av. Bento Gonçalves, qual a data da sua inauguração? Quais as suas ações e/ou providências sobre este caso?
EDUARDO – A Unidade da Bento Gonçalves, que tem quase o dobro de tamanho do Pronto Socorro e vai funcionar vinte e quatro horas, deve estar inaugurada em dezembro deste ano. Já estamos fazendo o chamamento público de uma instituição da área que possa fazer a operação da UPA.
DM – O senhor se considera um bom administrador de obras públicas?
EDUARDO – O governante precisa ser um bom líder, reunir uma boa equipe e liderá-la. Não é o prefeito, o governador ou o presidente da república que tem de ser o administrador da obra pública. Ele tem de reconhecer pessoas que tenham aptidão para fazer isso. Considero que temos conseguido enfrentar esses desafios e vamos garantir boas entregas de obras para nossa cidade.
DM – O senhor será candidato à reeleição?
EDUARDO – A reeleição tem sua oportunidade e tempo para ser discutida. Esse momento é o de governar. Meu foco é no cumprimento dos meus quatro anos de mandato. Não vou antecipar esse debate
DM – O que o pelotense pode esperar do Governo até a conclusão do seu mandato? E complementando: quais são as suas promessas até o fim de 2016?
EDUARDO – Em primeiro lugar, dedicação. Estamos enfrentando hoje o pior cenário econômico do país nos últimos 25 anos. Isso afeta a arrecadação em todos os níveis, inclusive o municipal. Felizmente estamos com as contas em dia, o que nos proporciona a condição de darmos reajustes aos servidores acima da inflação, o que é raro atualmente entre os municípios gaúchos, pagarmos os vencimentos ainda no mesmo mês e colocar as licenças-prêmio, que estavam em atraso, em dia e executar uma política de ganho no vale-alimentação.
Foi com extrema austeridade e responsabilidade que chegamos a esse resultado, que nos permite fazer as obras e os investimentos mais importantes para a população e cumprir o compromisso de entregarmos uma cidade melhor do que a que recebemos.