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sexta, 03 de maio de 2024

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Prefeitura e Fase buscam parcerias para ressocializar os menores infratores

Prefeitura e Fase buscam parcerias para ressocializar os menores infratores
19 janeiro
09:30 2017

Na manhã de ontem o assessor técnico do Conselho Superior Socioeconômico de Desenvolvimento e Inovação (Conssedi), Tony Sechi visitou a unidade da Fundação de Atendimento Sócioeducativo (Fase). A visita foi um pedido da prefeita Paula Mascarenhas para discutir possíveis medidas e parcerias buscando formas de reinserir os jovens na sociedade.

Sechi destacou o interesse do poder público em contribuir na ressocialização, propondo projetos pensados em conjunto tendo como objetivo principal o retorno dos adolescentes à comunidade. A assistente da direção da unidade, Maria Tereza Galvão Neves, e o líder comunitário, Sergio Acosta também participaram do encontro.

O diretor da Fase Pelotas, Hugo Miori, falou sobre as condições do espaço físico, as prioridades estabelecidas e a essencial importância das parcerias com os poderes públicos para buscar formas de oferecer aos socioeducandos novas perspectivas de vida. “Precisamos de projetos específicos para a nossa realidade, pois cada adolescente tem um histórico de vida diferente, assim o trabalho precisa ir além das portas da unidade. É necessário chegar às famílias desses jovens, tanto para entender, quanto para buscar solução para as questões enfrentadas”, afirma Miori.

O assessor institucional da direção da Fase, João Francisco Paz, que trabalha há 12 anos na unidade, destaca o quanto é difícil para muito jovens quando retornam à sociedade. “Já tivemos casos de adolescentes que não queriam ir embora, porque não tinham para onde ir. Muitos saem daqui sem saber se terão uma refeição, um teto. É muito importante que eles tenham um caminho ou pelo menos uma nova perspectiva”.

OBJETIVO é reintegrar adolescentes à sociedade Foto de Marcel Ávila/Especial-DM

OBJETIVO é reintegrar adolescentes à sociedade
Foto de Marcel Ávila/Especial-DM

A unidade tem capacidade para 40 jovens, mas no momento abriga 67 socieducandos, sendo 35 de Rio Grande, 15 de Pelotas, sete de Camaquã e dez de outros municípios da região. Além da superlotação, o ambiente onde os jovens ficam é precário e a estrutura precisa de melhorias. “Precisamos urgentemente de um muro no entorno da unidade para auxiliar na segurança e controle de entrada de objetos”, explica Miori. Atualmente, a Fase é cercada por uma tela, o que facilita a entrada irregular de objetos.

Os adolescentes recebem aulas, cursos, atividades recreativas, oficinas e atividades físicas. Além disso, a Fase conta com atendimento religioso, dentário, odontológico, psicológico, entre outros. Mesmo assim, o tempo ocioso ainda é muito grande. Os internos ficam no máximo três anos no local e a questão do retorno para a sociedade ainda é o ponto mais delicado e que necessita de maior atenção.

O início da parceria já foi marcado pelo trabalho da prefeitura na limpeza do entorno da unidade. Equipes da Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (SSUI) estavam com auxilio de um trator para o roçado e a limpeza no pátio.

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