Primeira morte no RS por dengue acende sinal de alerta para importância de adotar hábitos preventivos
A confirmação na última semana da primeira morte por dengue no Rio Grande do Sul em 2023 deixou a comunidade e as autoridades em alerta. A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) reforça a importância da adoção de medidas preventivas pela população. Este ano já foram confirmados, no RS, 873 casos autóctones, isto é, quando o contágio ocorreu dentro do Estado. Já em 2022, o Rio Grande do Sul registrou seus maiores índices da doença em toda sua série histórica.
“Sabemos que a melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros. São medidas bastante simples e que cada um pode seguir”, afirmou o vice-presidente da AMRIGS, Paulo Morassutti.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o início dos sintomas da paciente que faleceu ocorreu no último dia 9, com febre, dor muscular, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, falta de apetite e falta de ar. A mulher, que tinha histórico de hipertensão arterial, foi internada na terça-feira (14/03) e morreu na quarta-feira (15/03), no Hospital Tacchini, em Bento Gonçalves.
Entre as orientações para prevenir a formação dos focos do mosquito transmissor estão: lembrar de tapar os tonéis d’água, manter as calhas limpas, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente e encher os pratos de vaso de plantas com areia, manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos com aplicação de telas, além de manter lonas para material de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água.
Para quem tem piscinas, o momento é adequado para começar a pensar nas ações preventivas, à medida que o verão está chegando ao fim. O recomendado é manter a água da piscina sempre tratada com cloro e limpar uma vez por semana. Se não for usá-la, especialistas recomendam evitar cobrir com lonas ou plásticos.
No momento, só existe uma vacina contra a dengue registrada na Anvisa, que está disponível na rede privada. Ela é usada em 3 doses no intervalo de 1 ano e só deve ser aplicada, segundo o fabricante, a Organização Mundial da Saúde e a Anvisa, em pessoas que já tiveram pelo menos uma infecção por dengue. Esta vacina não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), mas o Ministério da Saúde acompanha os estudos de outras vacinas.