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quinta, 09 de maio de 2024

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PRIORIDADE À SAÚDE : Coordenador da Malgi defende medidas de isolamento: “Como vamos testar todo mundo?”

05 junho
09:23 2020

“Outros lugares já voltaram, mas não achamos que é o momento; Não queremos voltar na hora errada”, afirma Maurício Giusti

Por: Henrique König

O Futsal Feminino na Malgi é um projeto sério que está chegando aos 10 anos de crescimento. A maior interrupção, sem dúvida, ocorre agora por motivos maiores: a pandemia do novo coronavírus. O coordenador geral Maurício Giusti demonstrou todo o seu cuidado e zelo com a saúde de atletas, comissão técnica e pessoas em geral envolvidas com o clube.

“Paramos em 19 de março devido à pandemia mundial, atendendo aos órgãos e especialistas na saúde. As atletas foram todas dispensadas para ficarem em casa. É um período que, pelo que estamos observando, vai piorar. Outros lugares e clubes pelo país já voltaram, mas não queremos voltar na hora errada”, ponderou.

De acordo com Maurício, não há como apressar um retorno irresponsável às quadras. Ele aborda que as segundas-feiras são dedicadas às conversas com as atletas do clube, com encontros por videoconferência, para tirar dúvidas e atualizarem as informações, juntamente com a comissão técnica.

Equipe da Malgi no vice-campeonato estadual em 2019 Foto: Victor Thompsen / Malgi Futsal

Equipe da Malgi no vice-campeonato estadual em 2019
Foto: Victor Thompsen / Malgi Futsal

“Temos de 60 a 70% do nosso grupo vindo de fora”, seja de cidades do interior gaúcho ou até jogadoras vindas de grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Nas atualizações com o time adulto, são feitos e refeitos os acompanhamentos e planejamentos, tudo com o intuito do bem estar do grupo.

Foram três semanas de treinos antes da pandemia interromper o ano, que seria de muitas competições. Além dos torneios regionais, Copa do Brasil e Brasileiro Interligas Estaduais estavam nos planos. Maurício afirma que seriam até 12 campeonatos na temporada.

“Há nenhuma previsão de retorno às quadras. E como vamos testar todo mundo?”, deduz sobre a saúde e referindo-se aos torneios. O técnico da Malgi afirma que a maioria do grupo adulto estuda e, entre as categorias de base, todas frequentam escola. Acredita que a previsão de volta aos treinos e jogos seja condizente com o período que as instituições de ensino adotarem. Por enquanto, reafirma o compromisso de saber se o grupo está bem, buscando manter os planejamentos de ajudas de custo, como cestas básicas às que necessitem entre vinculadas ao projeto.

Categorias de base

O crescimento da Malgi passa pelas equipes mais jovens. Nas primeiras disputas estaduais do Futsal Feminino, só deu verde e branco. Em 2019, o time pelotense venceu os campeonatos sub-9, sub-11, sub-13 e sub-15 no Rio Grande do Sul.

Maurício destaca que o momento estava em prol da base. A procura de pais e crianças estava muito grande, em busca de matrículas, motivados pelos resultados do ano anterior. Chama a atenção para a rivalidade com a Celemaster de Uruguaiana, tratando os dois clubes como as referências estaduais, que mantém o Futsal Feminino competitivo no Rio Grande do Sul e já aparecendo de forma nacional. “São as únicas equipes que vivem exclusivamente do feminino, sem times masculinos. Não deixam o futsal feminino morrer no estado.” Em um panorama incerto no país, existe sempre a preocupação de não retroceder, não voltar ao amadorismo. Infelizmente isso às vezes independe da Malgi, pois necessitam que as demais adversárias do RS acompanhem o alto nível.

Situação e próximos passos

Maurício salienta que em levantamento desses 10 anos de projeto com a Malgi, foram cerca de 71 apoiadores ao todo. Para o coordenador, é gratificante ver a troca mútua, notar o sucesso e a consolidação de quem apoiou o Futsal Feminino nos ramos em que estão inseridos na sociedade.

“Nacionalmente, hoje já somos referências nas categorias de base e na competitividade adulta. Faltam os degraus de conquista estadual e nacional, sabemos que não podemos parar.” Exemplifica o crescimento com a composição de uma comissão técnica de 15 pessoas, com nove monitores nas escolinhas. São diversos vínculos estabelecidos, entre preparação física, nutrição, etc, para a estrutura se profissionalizar, superando a prática amadora.

“Servimos também de referências para outras modalidades, mostrando que é possível fazer esporte em Pelotas.” A cidade apresenta um potencial orgânico e alguns parceiros para suprir a ausência de políticas públicas que consolidem.

Segundo Maurício, o próximo passo da Malgi é firmar-se em um financeiro que se suporte. Algo como “caminhar com as próprias pernas”.

Recado final

Maurício pede o engajamento das pessoas nas redes sociais da Malgi, procurando conhecer mais do projeto e que valorizem o Futsal Feminino. Nesse momento, destaca:

“Para as pessoas não descuidarem na pandemia, que estejam vigilantes e foquem na saúde em primeiro lugar, para que possamos salvar o máximo de pessoas possível, na espera pela ciência. Não podemos estar desgovernados como estamos no país. Na Malgi, entramos no acordo, pensamos na mesma linha de que, se cada um ceder um pouquinho, abrir mão do individual, teremos o melhor para o coletivo”, finalizou Maurício Giusti.

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