Programa de combate ao abigeato e diminuição do risco sanitário
O projeto-piloto do Programa de Vigilância Sanitária Animal de Fronteira – Sentinela, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), será lançado nesta quinta-feira em Jaguarão
É fruto da integração entre os órgãos e instituições de defesa, segurança e sanidade agropecuária em prol de ações para mitigação de risco sanitário e combate ao abigeato.
“O Programa Sentinela vem para reforçar as barreiras de fiscalização na região de fronteira e preparar o Estado para a mudança de status sanitário para zona livre de aftosa sem vacinação”, ressalta o secretário Covatti Filho.
Este piloto, que ocorrerá entre 18 e 24 de junho, monitorará a fronteira entre o Chuí e Dom Pedrito, abrangendo 10 municípios e uma área de 250 quilômetros, sendo Jaguarão a sede. A cidade fica no extremo sul do Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai.
No total do programa, serão disponibilizados 36 profissionais divididos em 12 equipes. Em cada bloco, três equipes realizarão revezamentos. Para o piloto, duas equipes atuarão ao mesmo tempo, a fim de levantar as demandas que necessárias para quando da inauguração do programa em efetivo.
PROGRAMA SENTINELA
O programa tem área de abrangência de 1,2 mil quilômetros de faixa, envolvendo 59 municípios nas fronteiras com Uruguai e Argentina, com 64.842 propriedades rurais e rebanho de 4,4 milhões de cabeças. A metodologia de trabalho prevê a distribuição das equipes e o gerenciamento das atividades em quatro blocos: Jaguarão, Santana do Livramento, São Borja e Santa Rosa.
Ele conta com 12 equipes de três servidores, envolvendo 24 médicos veterinários e 12 técnicos agrícolas. Foram utilizados recursos de inteligência como análises de risco e análises de rede das movimentações animais na região de fronteira, numa faixa que vai desde Chuí até Derrubadas. A equipe está dividida em quatro blocos (veja mapa), com cada uma trabalhando oito dias consecutivos em sequência.
O trabalho de inteligência com a utilização de ferramentas como análise de rede de movimentação animal, realizada em parceria com a Universidade Estadual da Carolina do Norte e patrocinada pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), permite que com uma equipe reduzida se possa apresentar um trabalho de fiscalização que otimiza os recursos e presta um serviço de defesa sanitária animal eficiente, por meio da escolha de propriedades chaves e rotas preferenciais.
Comitês gestor e técnico executivo serão constituídos para a gestão do programa, que racionalizará ações de mitigação de risco e recursos disponíveis, para coibir atividades irregulares e ilícitas que possam ameaçar a condição sanitária do Estado. A difusão de informação qualificada aos envolvidos e interessados deverá ajudar na consolidação de uma cultura de prevenção e biossegurança nas transações com animais na região.
A operacionalização se dará por meio de convênios entre a Seapdr e outras pastas e órgãos da administração do Estado e do governo federal.