Diário da Manhã

domingo, 28 de abril de 2024

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PRONTO SOCORRO : Interesses caminham em rumos opostos

08 janeiro
08:30 2014

Falta de acordo poderá comprometer o atendimento a partir da quinta-feira da próxima semana com a greve dos trabalhadores.

EM ASSEMBLEIA, na segunda-feira,  trabalhadores não aceitaram proposta dos gestores

EM ASSEMBLEIA, na segunda-feira, trabalhadores não aceitaram proposta dos gestores

Na mais pessimista das visões, “o que está ruim sempre pode piorar”. Isso é tudo o que não querem os usuários do Pronto Socorro de Pelotas, que observam uma espécie de “quebra de braço” entre trabalhadores e gestores da instituição, fato que poderá aumentar mais ainda os problemas que habitam a casa de saúde. Os trabalhadores querem, além de melhorar sua remuneração, melhorar também as condições de trabalho com vistas à qualificação do atendimento aos usuários. Os gestores oferecem parte do que é pedido.

Dentre as reivindicações dos trabalhadores consta o recebimento de “adicional de Pronto Socorro no valor de R$ 350,00 a partir de março deste ano”, mais “plano de saúde, melhorias na alimentação aos trabalhadores durante os plantões aos domingos e feriados e implantação de uma farmácia dentro do Pronto Socorro”, a fim de evitar correrias em busca dos medicamentos e, consequentemente, diminuir os riscos aos usuários.

Na segunda-feira, em assembleia, os trabalhadores rejeitaram a contraproposta dos gestores, na qual era oferecido o “adicional” dividido em duas vezes: no segundo semestre deste ano e no primeiro do ano que vem. Os demais itens “estariam” vinculados a acertos com o Hospital Universitário São Francisco de Paula. Ao rejeitar a proposta, os trabalhadores confirmam a determinação de entrarem em greve. O prazo para que os gestores atendam suas reivindicações acaba na quarta-feira da próxima semana. Do contrário, já na quinta-feira os serviços serão paralisados. O atendimento será apenas parcial, pelo número de trabalhadores que a lei determina.

“A categoria decidiu não aceitar a oferta dos gestores, considerando diversos pontos contrários aos interesses dos trabalhadores, dentre eles as melhorias nas condições para que se possa prestar um serviço de qualidade aos usuários do Pronto Socorro”, destaca Luciano Viegas, presidente do SindiSaúde.

SECRETÁRIA diz que não há orçamento

SECRETÁRIA diz que não há orçamento

ONTEM À TARDE, a secretária de Saúde, Arita Bergmann, e a diretora do PSP, Mônica Mendes, estiveram reunidas para discutir as reivindicações dos trabalhadores. Sobre o adicional de Pronto Socorro, ela considera o pleito justo, mas lembra que não há previsão orçamentária.   A secretária ressalta a preocupação e responsabilidade do governo na área da saúde, com a política de valorização e reconhecimento dos servidores e a melhoria de gestão e reestruturação das carreiras da categoria e informa que se compromete em efetuar o complemento do valor solicitado, de R$ 350,00, mediante o repasse das verbas de custeio estadual para o cofinanciamento às portas de entrada hospitalares de urgências e emergências, conforme encaminhado ao governo do estado.

“Neste momento não temos disponibilidade financeira para assumirmos este pleito, mas assim que o recurso for liberado, iremos repassar imediatamente aos servidores”, afirma Arita.

Independentemente das negociações, Mônica Mendes, garante o pleno funcionamento da instituição e o atendimento a toda a população, “O PS não vai fechar”, garante.

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