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sexta, 15 de novembro de 2024

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PRONTO SOCORRO : Vereadores criticam falta de médicos e superlotação

PRONTO SOCORRO : Vereadores criticam falta de médicos e superlotação
12 fevereiro
09:39 2016

Secretaria da Saúde toma providências para reduzir espera por leitos

O vereador Marcos Ferreira (PT) quer ouvir a secretária municipal de Saúde, Arita Bergmann, na próxima segunda-feira, 15/02, às 10h, no plenário da Câmara, sobre as condições de funcionamento do Pronto Socorro Municipal.

Na tarde de quarta, ele esteve no PS, acompanhado do vereador Ricardo Santos (PDT) e constatou a ausência de médicos, pacientes à espera de leitos há mais de 10 dias, superlotação no saguão de entrada e nos corredores onde pessoas aguardavam o primeiro atendimento há mais de seis horas.

O assunto dominou os discursos e os apartes na sessão legislativa. “Não havia médico neurologista, só um estudante de Medicina”, disse Marcola. E questionou: “o prefeito não disse que isa usar os R$2 milhões do Carnaval na Saúde? A secretária Arita tem que vir imediatamente aqui (na Câmara) para dizer porque não usam o dinheiro do Carnaval para comprar mais leitos”.

Em aparte, o vereador Marcus Cunha (PDT) foi mais enfático. Para ele, a secretária não tem mais respostas. “Ela está há cinco anos no cargo e não resolveu problemas básicos no Pronto Socorro e nos postos de saúde, onde as pessoas ainda são atendidas por fichas e tem que chegar de madrugada”, afirmou.

Cunha lembrou que tanto a CPI da Saúde quanto a Comissão da Saúde do Legislativo levaram ao Ministério Público denúncias sobre as irregularidades no município. “O Judiciário condenou o Poder Público a pagar multa diária de R$ 50 mil por paciente da UTI do Pronto Socorro que não for encaminhado a hospital em 48 horas, e multa de R$ 10 mil por paciente de leito clínico que ficar mais de 72 horas no PS”.

Ricardo Santos (PDT) quis saber se os médicos tiveram folga no Carnaval. “Mas a cidade não fez Carnaval!”, disse o vereador. E completou: “a culpa é da gestão, que deveria contratar mais médicos, invés de colocar propaganda em postes de uma saúde só no papel”.

QUESTÃO foi debatida amplamente na sessão da Câmara

QUESTÃO foi debatida amplamente na sessão da Câmara

Médico e vereador, Anselmo Rodrigues (PDT) disse que chegou a atender até 140 pacientes num plantão de 12 horas no Pronto Socorro. “É impossível um ser humano trabalhar por uma dúzia”, afirmou. “O profissional é agredido para que o povo não se dê conta de onde está a podridão”.

PRESOS – A questão do atendimento aos presidiários no Pronto Socorro também foi levantada durante a sessão. Segundo Marcola, a falta de segurança para o PS receber um preso causa temor entre pacientes e acompanhantes. “Nunca se sabe quem pode vir atrás deles e as pessoas ficam expostas”, disse.

Mas, para o vereador Vicente Amaral (PSDB), existe um convênio entre a Prefeitura e a Brigada Militar que garante o atendimento aos presos antes dos demais pacientes, porque a BM não tem médicos. “A preferência é porque a Brigada não pode ficar parada com duas, três viaturas na frente do Pronto Socorro esperando pelo preso”, explicou. “O Município contribui com o Estado”.

Saúde toma providências para reduzir espera por leitos

A Secretaria de Saúde (SMS) tomou algumas providências emergenciais para amenizar a situação de pacientes em lista de espera por leitos no Pronto Socorro de Pelotas (PSP). “O feriadão de Carnaval foi relativamente calmo e não teve registro de nenhum paciente em decorrência da festa popular. Também para o Samu o movimento foi mais tranquilo que no Carnaval do ano passado”, destaca a secretária Arita Bergmann. Ela disse que o aumento de movimento quarta-feira é considerado normal pós-feriadão e que já foram tomadas providências emergenciais para acelerar o retorno à normalidade.

A secretária convocou, ontem, uma reunião com as chefias de UTIs, a fim de buscar o gerenciamento objetivo dos leitos SUS. A segunda medida foi cancelar as cirurgias eletivas, para evitar que leitos de UTI sejam reservados.

Outro fator que interfere no aumento da espera por leitos é que costumam ocorrer menos “altas” de pacientes durante os feriados, e houve dois feriadões na sequência. “Mas hoje já tivemos 16 leitos liberados e a tendência é que em poucos dias retornemos aos 20 ou até 25 leitos diários”, estima Arita. A secretária disse que não houve nenhuma informação de redução do número de leitos contratualizados pela prefeitura para usuários do SUS.

Na quarta-feira, havia cerca de 40 pessoas em lista de espera por leitos no PSP. Destas, 14 eram de outros municípios – quase 35% da demanda, quando em situação normal fica em torno de 10%. “Não há nada que possamos fazer, neste sentido, Pelotas é referência para toda a região e não podemos deixar de atendê-los”, explicou o coordenador de Enfermagem do PSP, Alberto Brum.

“O atendimento no Carnaval foi muito calmo. A gente até estranhou. Hoje de manhã é que o movimento aumentou, mas isso sempre acontece depois de um feriadão”, disse Brum.

O coordenador afirmou que a equipe do PSP continua a mesma por turno que em outras épocas do ano: 2 médicos, mais um médico para a rotina da sala de emergência, dois cirurgiões, três enfermeiros e cerca de 20 técnicos em Enfermagem, além de uma equipe de retaguarda com neurocirurgião, cirurgião vascular e cirurgião toráxico, entre outros.

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