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terça, 19 de novembro de 2024

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PROPOSTA : Falta de médicos em postos poderá ser compensada por residentes e plantonistas

11 julho
08:26 2019

Ao comparecer diante da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores para apresentar explicações sobre a falta de médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), o secretário municipal de Saúde, Leandro Thurow revelou que a Prefeitura estuda contratar médicos residentes e plantonistas para tentar suprir a carência de profissionais na rede.

Um projeto nesse sentido está em elaboração e deve ser encaminhado para o Legislativo em breve.  O presidente da Comissão, vereador Marcos Ferreira, o Marcola (PT) diz que a Câmara está pronta para analisar e discutir as propostas.

 SECRETÁRIO Leandro Thurow revelou que Prefeitura pretende apresentar projeto em breve

SECRETÁRIO Leandro Thurow revelou que Prefeitura pretende apresentar projeto em breve

Conforme o secretário a criação do programa Mais Médicos em 2013 permitiu que Pelotas conseguisse suprir vagas historicamente problemáticas como na zona rural e da periferia da cidade. “O programa trouxe equidade para a presença de médicos e chegamos a ter 43 profissionais do Mais Médicos nas Unidades Básicas”, disse. Atualmente 33 médicos do programa ainda possuem contratos em vigência, porém o Governo Federal já informou que os contratos noa serão renovados e a cidade não receberá mais profissionais. “Entre os apontamentos do Ministério da Saúde que classificam Pelotas como município não apto a receber mais médicos é haver na cidade duas faculdades de Medicina e programas de residência em Saúde da Família”, disse. Thurow, no entanto, admitiu que os programas de residência médica em Saúde da Família tanto da UFPel como da UCPel têm pouca procura. “Das 30 vagas abertas apenas cinco foram preenchidas nas duas universidades”.

A falta de atrativos financeiros para os recém-formados seria um dos principais motivos do não preenchimento das vagas. Atualmente os residentes em Saúde da Família recebem um auxílio de R$ 3,5 mil por mês do Ministério da Educação. A partir disso a Prefeitura estuda seguir o exemplo de outras cidades e oferecer um complemento para os residentes que optarem pela área. A ideia é tentar garantir uma “ajuda” de aproximadamente R$ 4 mil, o que deixaria em R$ 7,5 mil o valor pago aos jovens médicos que optassem por trabalhar na rede pública.

MAIS DINHEIRO – Outra alternativa estudada pela Secretaria Municipal de Saúde é ainda garantir mais dinheiro também para os médicos que atuarem como preceptores (orientadores) dos residentes dentro das Unidades Básicas de Saúde. “Todo residente precisa de um médico de referência na unidade e então estamos pensando em propor um incentivo financeiro estimular os plantonistas a serem preceptores”, disse.

A contratação emergencial de recém-formados para atuarem como plantonistas em unidades da rede municipal é outra alternativa apontada pelo secretário para tentar minimizar a falta que os dez profissionais estão fazendo no atendimento à população. Conforme o secretário têm sido feitas abordagens aos estudantes que se formam em julho e pelo menos sete já teriam demonstrado interesse em trabalhar em regime de plantonista em postos da Prefeitura, A carga horário, todavia, não deve ser integral. Cada um deverá receber R$ 50,00 por hora trabalhada.

EXPECTATIVA – Para Marcola a Prefeitura poderia ter apresentado estas propostas no início do ano, antes da situação ficar tão problemática, porém diz apoiar a iniciativa. “A comunidade sofre muito com a falta de médicos e é preciso resolver isso o quanto antes, se as contratações emergenciais são a solução então iremos apoiar”, declarou.

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