Prótese de mão voltada a pessoas com deficiência é foco de pesquisa no IFSul
Um projeto em desenvolvimento no câmpus Pelotas do IFSul está aliando ciência e tecnologias assistivas. Voltada à viabilização de uma prótese de mão acionada por sinais eletromiográficos (EMG), a pesquisa realizada na unidade trabalha em duas frentes: na construção da mão, impressa em impressora 3D, e no processamento dos sinais biomédicos utilizados no controle da prótese.
O projeto está sendo trabalhado pelos alunos Davi Volcan e Fernando Cruz Caldas, do curso de engenharia elétrica, sob a orientação dos professores Julio Ruzick, Adão Souza, Anderson Martins e Carlos Richter.
O principal objetivo da pesquisa nascida no câmpus Pelotas é reduzir custos e beneficiar aqueles que mais precisam.
“Esse projeto já existe internacionalmente, só que ele é inviável, é muito caro. Também surgiu por um interesse do instituto na questão de proporcionar acessibilidade a todos”, afirma Caldas.
Conforme Volcan, com o auxílio de uma impressora 3D, a equipe de pesquisadores vem conseguindo transformar objetos computadorizados em modelos físicos e tangíveis. Ou seja, tudo aquilo que, até então, era apenas ideias, tem se tornado realidade com o uso da tecnologia.
“Se a gente for ver mesmo, a mão tem detalhes que, pelo projeto original, a gente não tinha como seguir utilizando-a. Os dedos mesmo, por vezes, eles voltavam para trás. Com uma simples interação entre eu e meu colega Fernando, a gente pôde, em poucas horas, já estar com uma peça que lidava melhor com aquele problema apresentado anteriormente”, conta Volcan.
A prótese de mão acionada por sinais EMG é apenas um exemplo de pesquisa aplicada desenvolvida no IFSul, instituição que tem como uma de suas missões transformar para melhor a vida das pessoas e das comunidades que vivem ao seu entorno, por meio de projetos e inovações tecnológicas que aliam teoria e prática.
“E, para nós, alunos aqui da engenharia, foi uma oportunidade única trabalhar na parte prática do que nós aprendemos no curso, para fazer bem ao próximo. Para pensar em uma solução de um problema na comunidade”, destaca Caldas.
O estudante acredita que trabalhar em projetos como este é uma mistura de incentivo e desafio, que o motiva e o faz seguir adiante e otimista no curso escolhido.
“Tudo isso serve para ver que a engenharia é muito mais do que se aprende em uma sala de aula”, finaliza.
A prótese de mão acionada por sinais EMG é um dos destaques do Projeta IFSul. A série de vídeos criada pela Comunicação Social da Reitoria é uma forma diferente de mostrar como o IFSul é capaz de auxiliar os estudantes a transformarem suas realidades é dar a eles mesmos a oportunidade de contarem sobre seus projetos.
Através de vídeos curtos, de um a dois minutos em média, os próprios participantes dos projetos contam, de forma clara e acessível, o que estão pesquisando ou desenvolvendo dentro do IFSul. A ideia é abandonar o tom formal e distante que algumas vezes domina a área acadêmica e mostrar, na prática, a importância do trabalho desenvolvido na instituição.