PROTESTO : Trabalhadores voltam às ruas hoje
A expectativa da Frente Brasil Popular (FBP) é paralisar o maior número possível de segmentos trabalhistas nesta quinta-feira, em todo o Brasil.
A manifestação visa chamar a atenção dos trabalhadores para o que os organizadores chamam de “atropelo” aos seus direitos já conquistados, bem como, alertar as autoridades, sobre a condução do movimento para uma greve geral ainda este ano.
Em Pelotas, a expectativa é pela paralisação de diversos serviços, privados e públicos, principalmente a partir da participação dos trabalhadores em transportes rodoviários no movimento, pelo menos até por voltas das 11h. Apesar de não ser uma paralisação organizada pelo Sindicato dos Rodoviários – participação ocorre de acerto entre os organizadores e os trabalhadores – a ausência dos ônibus na rua impedirá muitos trabalhadores de chegarem aos seus postos de trabalho, pelo menos no período da manhã.
NA RUA
De acordo com o sindicalista José Luiz Porto Ferreira, a movimentação dos trabalhadores em Pelotas, nesta quinta-feira, prevê piquetes e caminhadas pelas ruas centrais da cidade. Os organizadores esperam contar com a “sensibilidade” dos dirigentes da Câmara de Dirigentes Lojistas de Pelotas(CDL) e Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Pelotas no sentido de manterem os estabelecimentos comerciais fechados.
ADUFPel – Ainda nesta quinta-feira, às 9h, docentes da Universidade Federal de Pelotas(UFPel) estarão reunidos em assembleia geral que poderá decidir pela greve geral da categoria. A assembleia extraordinária é a continuidade de encontro iniciado no dia 13 de junho.
Simp chama servidores para a mobilização
O Sindicato dos Municipários está convocando toda a categoria dos municipários para a paralisação durante toda esta quinta-feira, nos três turnos, denominado como Dia Nacional de Paralisação e Mobilização das Categorias, chamada pelas centrais sindicais, confederações e movimentos sociais, a fim de reivindicar contra as reformas trabalhista e previdenciária, as quais retirarão direitos e conquistas dos trabalhadores, tanto os da esfera pública quanto privada.
Conforme a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, este é o momento em que todos os trabalhadores das diferentes categorias têm de se mobilizar contra a retirada de seus direitos, tanto trabalhistas quanto previdenciários. “Nossos direitos estão ameaçados, em especial com a Proposta de Emenda Constitucional 241, que limita os gastos públicos, inclusive com saúde e educação”, critica.
Segundo Tatiane, a PEC 241/2016 irá afetar os gastos com educação e saúde, atingindo não só os servidores, mas também toda a população, que certamente terá uma limitação nos serviços prestados. “O reajuste do piso salarial do magistério é apenas um dos direitos que será diretamente afetado com esta Proposta de Emenda à Constituição”, afirma a presidente do Simp.
“Além disto, a reforma previdenciária, que está sendo articulada pelo Governo Federal, irá restringir os direitos à aposentadoria, instituindo uma idade mínima de 65 anos e podendo prever, inclusive, o fim da aposentadoria especial dos professores, ou seja, atingindo todos os trabalhadores, tanto da iniciativa privada quanto do serviço público”, finaliza Tatiane