Diário da Manhã

sábado, 30 de novembro de 2024

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PROTESTO : Via Campesina bloqueia BRs

19 abril
08:32 2018

A Via Campesina iniciou na manhã desta quarta-feira um trancaço na BR-392, na altura do km 62 (próximo ao Posto Sim), em Pelotas, na região Sul do Rio Grande do Sul. A ação faz parte de uma série de mobilizações que acontecem desde ontem para cobrar do governo do Estado uma solução urgente para o problema da estiagem que atinge 42 municípios na metade Sul gaúcha. Os trabalhadores também exigem a retornada da Reforma Agrária e do Programa Camponês, além da realização de eleição direta este ano.

MOVIMENTO começou na terça-feira e prosseguiu nesta quarta na região de Pelotas

MOVIMENTO começou na terça-feira e prosseguiu nesta quarta na região de Pelotas

O bloqueio da rodovia começou por volta das 7 horas, pouco antes da Ponte Léo Guedes, que fica sobre o Canal São Gonçalo e que liga os municípios de Pelotas e Rio Grande. O intuito é ficar no local por tempo indeterminado, até que as reivindicações sejam atendidas pelo governador José Ivo Sartori. Conforme a Via Campesina, mais de 2 mil pessoas participam do protesto. Para o MST, a iniciativa faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

As mobilizações na região Sul do estado começaram na manhã desta terça-feira com uma marcha que saiu do Trevo do Atacadão do Povão, localizado na ERS 256, em Canguçu. Ela passou pelas principais ruas da cidade e encerrou na BR 392, na altura do km 117. Lá, os trabalhadores almoçaram na beira da rodovia e a mantiveram bloqueada até às 15h40min. O objetivo foi pressionar o governo do estado a se reunir com representantes dos camponeses para tratar das reivindicações.

ESTIAGEM

A estiagem que atinge a metade Sul do Rio Grande do Sul, especialmente as regiões da Campanha, Fronteira Oeste e Sul, tem prejudicado o desenvolvimento de cadeias produtivas dos pequenos agricultores e assentados da Reforma Agrária. Segundo o dirigente nacional do MST, Ildo Pereira, a produção de leite teve cerca de 70% de perda e muitas famílias desistiram da atividade. O cultivo de hortifrutigranjeiros também registrou prejuízos, e a falta de chuva por mais de três meses deixou seco 90% dos açudes pequenos.

 

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