Quem imaginaria um Gre-Nal nessa situação
Por: Henrique König
Quando a pandemia chegou ao Brasil, havia clássico Gre-Nal pela Copa Libertadores da América. Após o duelo com a Arena lotada e o empate por 0x0, em jogo de muitas expulsões por confusão, a partida de volta do grupo já foi sem público no Beira-Rio e o Grêmio venceu por 1×0.
Se o Tricolor tem levado vantagem nos últimos clássicos contra o maior rival, a realidade que aporta no Campeonato Brasileiro é completamente diferente. O Grêmio faz a sua pior largada na história dos nacionais, com dois empates e seis derrotas, sendo três consecutivas. A sequência negativa rendeu a saída de Tiago Nunes e a volta de Luiz Felipe Scolari para comandar o time. Felipão reestreia no sábado. Ou o Grêmio começa a sua reação no Brasileirão ou logo pode ser tarde demais. Com dois jogos adiados, o time já está seis pontos para dentro da zona de rebaixamento.
Quem cumpriu as dez rodadas até aqui é o Internacional. Após a saída do espanhol Miguel Ramírez, o uruguaio Diego Aguirre voltou ao Colorado, após boa passagem em 2015. Mas a realidade por enquanto também é difícil no bairro Menino Deus. O Inter é 14º colocado, com 10 pontos, três acima da zona de queda. Com Aguirre no comando, venceu a Chapecoense, mas perdeu para o Palmeiras, empatou com o Corinthians e perdeu para o São Paulo, em tour ruim pelo Paulistão improvisado. De quebra, o Colorado completou oito jogos consecutivos sem vencer no Beira-Rio.
É no outro estádio moderno da capital, na Arena, que Grêmio e Internacional querem a reabilitação. Quem perder o Gre-Nal de sábado, às 16h30, estará bem encrencado, envolto em pesadelo, em péssimos lençóis.