Reajustes na discussão do transporte coletivo
Semana de definições nos reajustes
Salários dos trabalhadores e tarifa urbana são a bola da vez na pauta municipal
A semana que se inicia batendo à porta do final da primeira quinzena do mês de novembro promete “esquentar” o debate entre trabalhadores e empresários do transporte coletivo urbano de Pelotas. É que a época é de negociações envolvendo o reajuste salarial dos trabalhadores, haja vista que a data-base da categoria é 1 de novembro. Falta apenas a contraproposta empresarial às reivindicações dos trabalhadores. E tem também o reajuste na tarifa, que está no forno.
Na pauta aprovada em assembleia no final do mês de setembro, os trabalhadores definiram em “12% o pedido de reajuste salarial; vale-alimentação de R$ 450,00 para todos os trabalhadores do setor urbano; plano de saúde e 13º vale-alimentação”, dentre outras reivindicações. A pauta de reivindicações foi entregue aos empresários nos primeiros dias de outubro e ajuizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Os empresários, à época, esperavam a oficialização do INPC do período, o qual foi divulgado na semana passada: 6,5%.
Com a definição do INPC, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP) mesmo sem ter recebido a contraproposta do Sindicato Empresarial marcou para esta quinta-feira às 20h30min uma assembleia da categoria para deliberar sobre que posição tomar caso os empresários demorem a responder às suas reivindicações.
“Não há porque esperar mais. Já marcamos a assembleia e comunicamos aos empresários. O que nós não queremos é que o assunto fique ‘no ar’ e tenhamos de entrar no mês de dezembro discutindo”, alega o presidente do STTRP, Eder Blank.
TARIFA – A prefeitura deverá definir nos próximos dias o valor da passagem do transporte coletivo urbano. Segundo Paulo Osório, gerente de transportes da Secretaria de Gestão da Cidade e Mobilidade, no momento estão sendo feitos os cálculos que irão culminar com o reajuste na tarifa. Falta, de acordo com ele, calcular o valor do óleo diesel para que seja batido o martelo. Isso significa, ainda de acordo com Osório, que o reajuste na tarifa poderá ser divulgado antes do acordo entre trabalhadores e empresários. Talvez nos primeiros dias da próxima semana.
“A questão do reajuste salarial é um assunto entre os trabalhadores e empresários, não tem a ver com o reajuste na tarifa”, informa.
A reportagem do DIÁRIO DA MANHÃ não conseguiu contato com representante do Sindicato das Empresas para falar a respeito da proposta dos trabalhadores, haja vista que o índice que ajuda na definição da contraproposta já foi definido.
ANTERIOR
Em 2013, as negociações voltadas para o dissídio urbano transcorreram dentro do considerado normal, sem deliberações voltadas à greve, como ocorreu em 2012. E foi fechado acordo no qual os trabalhadores urbanos conseguiram 5,58% de reajuste salarial mais 11,75%d e reajuste no vale-alimentação.
A expectativa dos usuários, que atualmente desembolsam R$ 2,75 para viajar no transporte coletivo urbano, é que assim como no ano passado as negociações acabem sem “grande” reajuste na passagem e, muito menos, sem a paralisação dos serviços, como ocorreu no mês de dezembro de 2012, com a greve que durou cinco dias.
O gerente de transporte da Secretaria de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana adianta que o reajuste na tarifa não vai assustar os usuários.