RESSOCIALIZAÇÃO : Mão de Obra Prisional atua na SAS
Dentro das ações do Pacto Pelotas pela Paz, a abertura de vagas de trabalho para pessoas em cumprimento de pena é um das alternativas de ressocialização e o projeto Mão de Obra Prisional (MOP) desponta como um dos grandes responsáveis por essa segunda chance. Depois das secretarias de Saúde (SMS) e Serviços Urbanos e Infraestrutura (SSUI), chegou a vez da Assistência Social (SAS) integrar a iniciativa, e aliar oportunidade de trabalho com a experiência de capacitação.
Em uma construção contígua à Casa de Passagem – localizada na Rua Três de Maio, 1.074 – quatro apenados do regime semiaberto atuam, há 10 dias, na reforma do prédio que servirá como apoio da SAS, com abertura de 12 leitos de pernoite. A expectativa é usar o espaço tanto para receber a população em situação de rua, quanto em casos de calamidade pública e até como abrigo temporário para menores, dependendo da demanda que se apresente.
As obras na área de cerca de 200 metros quadrados devem ser finalizadas ao final de outubro e contarão com acessibilidade, explica o secretário de Assistência Social, Luiz Eduardo Longaray. Até o momento, o banheiro foi azulejado, as aberturas comprometidas e os entulhos removidos, e as paredes recebem reboco; o investimento na requalificação tem verbas do município. “Queremos ampliar para oito vagas de MOP SAS até o fim do ano e fazer também a manutenção de abrigos”, disse o secretário.
Entre os quatro trabalhadores, a sensação é de alívio por poder ter uma fonte de renda garantida e estarem inseridos no mercado de trabalho. A troca de experiências é diária, pois antes de cumprir a pena um era encanador e dois trabalhavam em obras, conhecimentos que são compartilhados durante as quarenta horas semanais.
“Não quero passar necessidade e ter que voltar para o presídio, para o crime. Quero um emprego, um salário… Por isso essa oportunidade é tão importante”, resume um deles.
Na SMS, o Mão de Obra Prisional foi responsável pela reforma de 21 prédios da saúde e da nova ala pediátrica do Pronto Socorro. Já na SSUI, os apenados atuam no serviço de microdrenagem do município.