RETORNO ÀS AULAS : Paula diz que apesar dos esforços para atividades remotas, este é um ano perdido
A prefeita Paula Mascarenhas participou, ontem, de reunião, por videoconferência, para avaliar a situação da região, com prefeitos das cidades da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul). As áreas da Saúde e da Educação foram debatidas, além do início da votação quanto à proposta do Estado sobre a autonomia do gestor municipal em relação aos protocolos do Distanciamento Controlado.
Na última semana, o governo estadual reuniu-se com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), para apresentar a proposta sobre maior autonomia de gestores municipais e associações de municípios para elaboração de protocolos de saúde com base na bandeira determinada pelo modelo do Distanciamento Controlado. Com isso, a Azonasul iniciou a votação, para que os prefeitos apresentassem sua posição quanto à questão. O órgão associativo recolherá os votos até o final da tarde desta segunda-feira.
“Eu tinha uma posição. Mas, neste final de semana, a mudei porque me vi num dilema. Tive de recorrer para tentar manter o protocolo determinado quando passamos para a bandeira laranja, que estabelece medidas entre os riscos médio e risco alto, pois não vejo como saudável para a economia uma hora fecharmos o comércio, outra hora abrirmos. As pessoas ficam neste estressamento”, comentou a prefeita.
Com esta justificativa, a gestora municipal votou a favor da autonomia para prefeitos e associações, tendo em vista o maior conhecimento da situação local.
RETORNO DAS AULAS
Paula Mascarenhas aproveitou a presença da coordenadora da 5ª Coordenadoria Regional da Educação, Alice Maria Szezepanski, para expressar sua opinião em relação ao retorno das aulas. A prefeita argumentou que, apesar dos esforços estaduais e municipais para manter as atividades remotas, no seu ponto de vista, este é um ano perdido.
“Sei que o Estado fez um esforço extraordinário para manter a Educação minimamente em condições, além do avanço pedagógico dos alunos e de não os abandonar neste momento. Também estamos fazendo este esforço em Pelotas, para manter as atividades, para que os alunos não se distanciem da escola, do ensino, da aprendizagem. Mas por mais que se faça, abrem-se lacunas. Não sabemos quando a situação vai voltar ao equilíbrio. É muito provável que este ano vá até o final deste jeito, com o ensino desta forma. Eu, com toda franqueza, acho que este ano está tperdido, sobretudo para os anos iniciais. Acredito que não se deva contar como ano letivo e começar, no ano que vem, do zero”, afirmou Paula.
SITUAÇÃO DOS LEITOS NA REGIÃO
A reunião também teve a presença da coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional da Saúde, Caroline Hoffmann, que falou sobre a situação do coronavírus na Zona Sul. Segundo ela, é notável o agravamento da situação na região. “Com a regulação de leitos pelo Estado, estamos recebendo pacientes da região metropolitana, podendo chegar de outras localidades do Rio Grande do Sul. Precisamos pensar no coletivo, não só no seu próprio município, como também nas cidades vizinhas”, destacou.