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segunda, 23 de dezembro de 2024

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Rio Grande do Sul é o terceiro maior Estado exportador do Brasil

Rio Grande do Sul é o terceiro maior Estado exportador do Brasil
30 outubro
09:18 2013

O Rio Grande do Sul está em terceiro lugar entre os maiores estados exportadores do Brasil, ficando abaixo de São Paulo (24,02%) e Minas Gerais (13,53%). Os dados confirmando que 10,05% das exportações nacionais partem do RS foram divulgados na manhã desta terça-feira (29), pela Fundação de Economia e Estatística – FEE.

Segundo o economista Guilherme Risco, os dados representam um aumento de US$ 1,3 bilhão nas exportações em relação ao mesmo período do ano anterior. As informações são relativas ao acúmulo de US$ 6,4 bilhões registrados no terceiro trimestre do ano, com uma evolução de (24,6%) no valor exportado pelo Estado, superior à observada no país (-0,2%), chegando ao segundo lugar entre os 10 maiores estados exportadores. Já a variação do volume das exportações do Estado foi positiva (26,8%) e ainda bem acima da observada em nível nacional (5,1%), além dos preços que também apresentaram uma evolução superior (-1,7%) à nacional (-5,1%).

Crescimento também nas exportações da indústria de transformação, com registros de US$ 304,4 milhões no período (acréscimos de 7,5% em valor, 5,8% em volume e 1,6% nos preços), enquanto as exportações agropecuárias aumentaram US$ 976,3 milhões (102,0% em valor, 127,0% em volume e redução de 11,0% em preços). Na agropecuária, a soja está entre os principais produtos exportados, com o aumento de US$ 1,0 bilhão nas vendas (124,3% em valor, 143,6% em volume e redução de 7,9% em preço).

Os crescimentos aparecem ainda na indústria, com US$ 83,2 milhões em exportações de máquinas e equipamentos (27,5% em valor, 15,2% em volume e 10,7% em preços), de US$ 75,8 milhões em veículos automotores (23,5% no valor, 18,3% no volume e 4,4% nos preços), de US$ 44,5 milhões nas exportações de fumo (5,2% em valor, -1,1% em volume e 6,4% em preços) e de US$ 36,7 milhões nas de produtos alimentícios (2,9% em valor, 5,3% em volume e -2,3% em preços). O destaque negativo aparece no setor de metal, com redução de US$ 27,0 milhões.

Como país de destino, a China soma R$ 1,9 bilhão, que representa 29,87% do montante exportado pelo Estado no período. Comparado ao mesmo período de 2012, houve crescimento de US$ 785,3 milhões (70,5%) na China, de US$ 193,6 milhões (52,3%) para a Argentina, de US$ 63,60 milhões (47,1%) para a Bélgica, de US$ 63.57 milhões (121,7%) para os Emirados Árabes Unidos e de US$ 59,7 milhões (107,9%) para a Tailândia.

As exportações no Rio Grande do Sul obtiveram também um acúmulo de US$ 17,5 bilhões nos primeiros nove meses do ano, que representam aumento de US$ 3,9 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Em decorrência desse resultado, o valor exportado pelo Estado registrou evolução (28,6%) bem superior à observada no país (-1,6%), sendo a maior dentre os 10 maiores estados exportadores.

Variação acima


A variação do volume das exportações do Estado foi positiva (16,4%) e ainda bem acima da ocorrida em nível nacional (4,1%). Esse crescimento em volume foi o segundo maior dentre os 10 maiores estados exportadores, sendo superado apenas pelo do Mato Grosso (20,3%). No ano, o Estado atingiu a terceira posição entre os maiores estados exportadores – abaixo de São Paulo (23,56%) e Minas Gerais (13,91%) e acima do Rio de Janeiro (8,21%) -, com 9,85% das exportações nacionais.

As exportações da indústria de transformação registraram crescimento de US$ 1,8 bilhão no acumulado do ano (16,6% em valor, 0,4% em volume e 16,1% nos preços), enquanto as exportações agropecuárias aumentaram US$ 2,1 bilhões (82,3% em valor, 84,2% em volume e redução de 1,0% nos preços).

Soja

A soja foi o carro chefe das exportações gaúchas

Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, destacam-se as exportações de grãos de soja, com US$ 3,9 bilhões, ou seja, 22,5% do total das exportações estaduais. Do total das exportações de soja no ano, US$ 3,4 bilhões (86,61%) foram exportados para a China.
Na indústria de transformação, o crescimento atingiu US$ 1,6 bilhão no setor outros equipamentos de transporte devido à exportação de uma plataforma de perfuração/exploração de petróleo. Com menor intensidade, aparece o crescimento de US$ 172,1 milhões nas exportações de derivados de petróleo (185,0% em valor, 190,9% em volume e -2,0% em preços), de US$ 132,3 milhões nas de veículos automotores (15,9% em valor, 12,8% em volume e 2,7% em preços), de US$ 86,0 milhões nas de produtos químicos (5,5% em valor, 10,4% em volume e -4,4% em preços), de US$ 74,8 milhões nas de fumo (4,6% em valor, -0,9% em volume e 5,5% em preços), de US$ 69,0 milhões nas de metalurgia básica (96,2% em valor, 28,3% em volume e 53,0% em preços) e de US$ 65,1 milhões nas de couros e calçados (9,6% em valor, 10,8% em volume e -1,1% em preços.

Destaca-se negativamente o decréscimo de US$ 321,6 milhões nas exportações de produtos alimentícios (-9,4% em valor, -13,4% em volume e 4,6% em preços), de US$ 79,8 milhões nas de máquinas e equipamentos (-7,3% em valor, -5,3% em volume e -2,1% em preços) e de US$ 41,0 milhões no setor de produtos de metal (-14,8% em valor, -8,0% em volume e -7,3% em preços). No setor produtos alimentícios, são significativas as reduções de US$ 206,4 milhões nas exportações de óleo de soja e de US$ 188,4 milhões nas de arroz.

Sobre os principais destinos das exportações do Estado, no acumulado do ano, destacamos as exportações de US$ 3,95 bilhões para China, representando 22,59% do total exportado pelo Estado no ano. Além do crescimento de US$ 1,65 bilhão para o Panamá (plataforma de petróleo), de US$ 1,5 bilhão (61,1%) para a China, de US$ 282,6 milhões (25,1%) para a Argentina, de US$ 169,2 milhões (15,7%) para os Estados Unidos, de US$ 162,1 milhões (67,4%) para a Coréia do Sul, de US$ 152,5 milhões (91,4%) para Taiwan e de US$ 128,2 milhões (31,4%) para o Paraguai. Como destaque negativo, registra-se a redução de US$ 83,0 milhões (-30,8%) para a França, de US$ 54,4 milhões (-11,1%) para a Holanda e de US$ 45,8 milhões (-17,0%) para a Venezuela.

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