ROCK : Show do Mato Cerrado no “Fora de Hora”
Amanhã às 23h no Fora de Hora Pub Bar – rua Álvaro Chaves 62 -, rock com a banda “Mato Cerrado”. Ingresso a R$10,00
Por Carlos Cogoy
A fase é promissora para o rock da banda pelotense Mato Cerrado. Em abril no João Gilberto, o trio que reúne Yuri Marimon (guitarra e voz), Wysrah Moraes (baixo e voz), e Felipe Nobre (bateria), realizou o lançamento oficial do EP. Neste ano, a banda também participou dos programas Radar da TVE, e Discoteca Brasileira da FM Cultura. No giro pelo Estado, o grupo ainda divulgou seu som no programa “Musiurg” da FURG TV. Em Pedro Osório, apresentações no “Pedrock in Rio” e Festa da Melancia. Outro destaque foi o show que abriu o ano letivo no Colégio Cassiano do Nascimento. Para o segundo semestre, divulgam os integrantes, gravação do primeiro disco. “A cena em Pelotas está crescendo, com muita riqueza de bandas e músicos, e o pessoal que vem de fora contribui muito para essa ebulição criativa na arte. Percebemos que o público tem recebido bem essa diversidade”, opinam os músicos. Para esquentar a agenda musical, no sábado a banda estará apresentando show com duas horas de duração. No repertório, som autoral e também releituras do “bom e velho rock’n’roll, tocando algumas das principais influências”. Antecipado a R$5,00 pode ser adquirido diretamente com o grupo, ou no Studio CDs e também em “Da Praia Limpeza Automotiva”. Na hora, ingresso a R$10,00.
SOM – O trio divulga: “Nosso som é rock, do bom e velho. Temos lançado um EP que leva o nome da banda, que está disponível no Youtube, canal ‘Mato Cerrado’, e no Soundcloud sendo que as cópias físicas estão praticamente esgotadas. Nesse momento estamos em processo de gravação para em breve lançar um CD completo. Todos os integrantes compõem. Algumas músicas são apresentadas já de forma bem acabada, como ‘Hey Meu’, do Yuri e ‘Aquele Morto Não Sou Eu’, do Wysrah. Outras vêm de uma ideia que acaba sendo trabalhada de forma mais coletiva, como ‘Barca de Couro’ e ‘Correnteza’. Buscamos escapar de temas supérfluos, fazendo letras que tragam alguma mensagem positiva sobre a experiência humana e a relação com a natureza, como ‘Hey Meu’ e ‘Correnteza’. Destacamos também ‘Barca de Couro’, em que os três participaram da elaboração da letra que fala sobre Pelotas através de uma perspectiva dos marginalizados pela memória da cidade”. Para ouvir online acesse: soundcloud.com/mato-cerrado.
TRAJETÓRIA – Sobre a origem: “A Mato Cerrado surgiu em 2010. A primeira formação foi Yuri Marimon (guitarra) Felipe Nobre (bateria) Rafael Alam (guitarra e voz) e Eric Lima (baixo). Antes da primeira apresentação da banda, o baixo foi assumido por Wysrah Moraes, ficando essa formação em quarteto até o fim de 2011, quando Rafael saiu da cidade. Após período, consolidou-se a continuidade da banda como o trio Yuri, Felipe e Wysrah, que assumiu o vocal principal. Já o nome foi sugestão do Rubinho, pai do Yuri, e tem relação com o fato de frequentemente nos reunirmos para tocar em um sítio no Basílio, uma localidade na campanha. Como influências, bandas dos anos sessenta e setenta. Do exterior, citamos Jimi Hendrix Experience, Cream, Led Zeppelin e Tem Years After. No Brasil, a música de O Terço, Casa das Máquinas, Som Nosso de Cada Dia e Tutti Frutti. Então, as influências são do rock que condensa elementos do blues, jazz e progressivo, enfatizando a parte instrumental e letras com mensagem positiva sobre a experiência humana”. Alguns dos shows: Piquenique Cultural (2012 e 15); Aniversário da RádioCom (2011 e 12); Feira do Livro (15); Primavera Cultura Livre (15); Som no Mato (15); Diabluras; JG; Casa da Praia; Cerrito (2012); Festa da Melancia e Pedrok In Rio – ano passado e 2016. Os músicos destacam: “Mato Cerrado é trio de rock que surgiu da afinidade de amigos. E nos encontramos, em meio à natureza, para fazer música com a maior liberdade possível. Um dos nossos objetivos no momento é conseguir expandir nossa atuação para outras regiões”.
PROCULTURA – Em relação à manutenção e políticas culturais, trio expressa: “No momento não lidamos com a música como uma forma de sobrevivência, no sentido econômico, porque não tem sido viável. Por um lado, isso é bom porque fazemos nossa música de forma livre e honesta, sem submissão à lógica comercial. Por outro, acabamos enfrentando algumas limitações, pois a manutenção da banda, os instrumentos, acessórios e viagens, tem um custo, o mesmo se dando com o processo de gravação das músicas e divulgação. Mas acreditamos que existe sim, espaço e público para música autoral e rock na cidade. Quanto ao Procultura, consideramos como valioso instrumento para vários artistas desenvolverem seus trabalhos, beneficiando também o público e a comunidade. Então, algo que precisamos defender. Vemos como uma boa opção, e podemos realizar projeto para gravar e lançar nosso disco. Quanto a outros espaços disponibilizados pelo poder público na cidade, como ‘Sete ao Entardecer’, e a programação de verão, já nos inscrevemos em diversos editais mas ainda não fomos selecionados”.
SHOW – O grupo conclui: “A internet é uma ferramenta importante para divulgar a música, chegar ao público em diferentes lugares, ter contatos com outras bandas, tomar conhecimento de festivais para tocar. Enfim, democratiza a divulgação dos trabalhos. Mas nada substitui a energia de um show e do contato quente entre as pessoas com o som, por isso pensamos que a internet é um bom meio, mas não o objetivo final”.