RODOVIAS : Reunião define ação integrada entre os órgãos de Segurança
Reunião realizada no Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) da Secretária da Segurança Pública (SSP) definiu a estratégia conjunta entre os órgãos estaduais e federais para o acompanhamento das manifestações promovidas por caminhoneiros e a desobstrução das rodovias federais em todo o Estado.
O encontro coordenado pelo diretor geral da SSP, Alciomar Goersch, teve a participação do secretário chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, e de representantes da Brigada Militar (BM), Policia Civil (PC), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF).
As ações terão como prioridade o abastecimento das comunidades de produtos essenciais, como alimentos perecíveis, medicamentos, combustível e rações para consumo animal. A PRF contará com o auxílio da PC e da BM, além do contingente da Força Nacional de Segurança que se encontra no RS nas atividades de desobstrução das rodovias federais, em caso de necessidade.
Segundo Goerch, a meta definida foi a de estabelecer rotas seguras, evitando o desabastecimento das comunidades. “Temos liminares da Justiça Federal e da Justiça Estadual determinando a suspensão dos bloqueios. As forças policiais estão juntas no sentido de cumprir com estas decisões, evitando o surgimento de novos pontos”, afirmou.
As rodovias estaduais já se encontram livres de bloqueios, de acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM). “Trabalharemos agora em sintonia com a PRF para garantir que o mesmo ocorra nas BRs”, afirmou o coronel Alfeu Freitas, comandante-geral da corporação.
O superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Sul, Jerry Adriane Dias Rodrigues, destacou que ainda há locais no Estado que demandam um acompanhamento mais próximo. “Mesmo com a redução do movimento, estamos com efetivos mobilizados na região de Camaquã e Pelotas para restabelecer de forma plena o tráfego e monitorando de atentamente as movimentações no Noroeste”, acrescentou.
Márcio Biolchi destacou a preocupação do governo estadual para com a não criminalização dos movimentos. “Reconhecemos a pauta como legitima e o reconhecemos também a necessidade de equacionar a situação”, frisou, lembrando a extensão os prejuízos sociais e econômicos para os caminhoneiros, produtores e comunidades já afetadas.
O chefe da Casa Civil também lamentou a ocorrência de episódios como o falecimento de um manifestante em São Sepé e o caso de apedrejamento ocorrido em Palmeira das Missões. “São situações que ocorreram de forma isolada, mas estamos trabalhando de forma ininterrupta para construir uma solução junto ao governo federal e todos os demais atores envolvidos no processo para evitar prejuízos ainda maiores. Esperamos que nos próximos dias tenhamos a equalização de essas questões”, completou.