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domingo, 24 de novembro de 2024

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RS SEGURO : Rio Grande do Sul apresenta queda em indicadores – latrocínio teve redução de 83,3%

RS SEGURO : Rio Grande do Sul apresenta queda em indicadores – latrocínio teve redução de 83,3%
14 dezembro
08:41 2021

Faltando poucos dias para o encerramento do terceiro ano com atuação do Programa RS Seguro, os indicadores de criminalidade no Rio Grande do Sul seguem renovando os recordes de redução. O número de latrocínios no Estado em novembro apresentou queda de 83,3% em relação ao mesmo mês de 2020, passando de seis casos para um em todo o período. Além de ser o menor total desde que teve início a contabilização desse delito, em 2002, a marca representa uma retração de 94,1% na comparação com o pico da série, em 2006, quando 17 pessoas perderam a vida em assaltos.

O único roubo com morte do mês ocorreu no último dia 23, no município de Sapiranga. Um homem que havia recebido uma quantia em dinheiro de um sindicato profissional foi encontrado caído em via pública, sem os valores e com sinais de agressões na cabeça. Ele chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Hospital de Sapiranga e, depois, transferido para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Canoas, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte.

O registro desse único caso em novembro também acentuou a retração dos latrocínios no cenário acumulado desde janeiro. Em 11 meses, o Estado soma 52 roubos com morte, 18,8% menos que os 64 ocorridos no mesmo período do ano passado. É também o menor total da série histórica e equivale à retração de 67,1% quando comparado com o pico de 158 mortes em assaltos, em 2016.

O latrocínio é um crime cuja ocorrência depende de uma série de fatores circunstanciais – possível reação da vítima, ação surpreendida por testemunhas, consciência do assaltante alterada por uso de entorpecentes e até mesmo eventual nervosismo do criminoso, entre outros. Na avaliação de autoridades das forças de segurança, a tendência de redução verificada ao longo dos últimos quase três anos passa pela investigação qualificada da Polícia Civil, que resulta em mais de 90% de índice de resolução desse tipo de delito, e pela intensificação do patrulhamento ostensivo da Brigada Militar, que recentemente agregou 865 novos soldados à tropa, garantido a reposição de efetivo necessária para ampliar a presença nas ruas.

HOMICÍDIOS – O Rio Grande do Sul também teve menos mortes violentas pelo crime de homicídio em novembro, comparado com igual mês de 2020. A queda foi de 4,1%, passando de 122 para 117 vítimas – o menor total da série histórica desde 2006, segundo ano de contabilização. Em relação ao pico, de 257 assassinatos ocorridos em novembro de 2016, o total atual representa uma retração de 54,5% ou 140 mortes a menos.

A leitura é semelhante no acumulado de 11 meses. Na comparação de períodos entre 2020 e 2021, houve retração de 15%, passando de 1.672 vítimas de homicídio para 1.421 – o que significa a preservação de 251 vidas de um ano para o outro. A soma atual de óbitos de janeiro a novembro é também a menor desde 2006 e equivale à queda de 48,1% frente ao pico da série, com 2.737 assassinatos em 2017.

O impacto do foco territorial adotado pelo Programa RS Seguro para intensificar o combate ao crime nos locais em que ele mais se faz presente segue em destaque nas estatísticas. Dos 251 homicídios a menos entre janeiro e novembro, contra igual período de 2020, 148 deixaram de ocorrer no grupo das 23 cidades priorizadas, o que corresponde a 58,9% da retração alcançada. Capão da Canoa, no Litoral Norte, e Farroupilha, na Serra, encerraram novembro sem nenhum homicídio.

Além disso, no ranking das 10 maiores quedas verificadas no acumulado de 11 meses, oito ocorreram em cidades que integram o bloco priorizado pelo RS Seguro.

O líder é Alvorada, que chegou a figurar como a sexta cidade mais violenta do Brasil no Atlas da Violência produzido pelo Fórum Brasileiro da Segurança Pública com dados de 2017. Naquele ano, entre janeiro e novembro, Alvorada já havia registrado 189 assassinatos. Hoje, o município ostenta a maior redução de homicídios no Estado – foram 68 óbitos no período, 44 a menos que no mesmo intervalo em 2020.

A Capital do Estado aparece na terceira posição da lista de maiores reduções no acumulado de janeiro a novembro. Foram 232 vítimas, 8,3% menos que as 253 do mesmo período no ano passado. O total atual, além de ser o menor da série de contabilização, representa uma queda de 67% na comparação com o pico, quando 702 pessoas foram assassinadas em Porto Alegre.

No recorte mensal, a Capital também teve redução. Houve 16 vítimas de homicídio, duas a menos que em novembro de 2020, o que representa baixa de 11,1% – também o menor total já registrado para o mês desde 2010. Dos 497 municípios do Estado, 443 (89,1%) terminaram novembro sem assassinatos.

FEMINICÍDIO – Crime contra a vida que resiste a seguir a tendência dos demais indicadores, o feminícidio contabilizou em novembro uma vítima a mais que as seis registradas no mesmo mês em 2020 (16,7%). No resultado acumulado de janeiro a novembro, o número de feminicídios também registra alta, de 73 vítimas naquele período do ano passado para 90 neste ano (23%).

Entre as sete mulheres assassinadas por motivo de gênero em novembro, apenas uma tinha registro de ocorrência anterior contra o agressor. O dado reforça, mais uma vez, a urgência de conscientização social para que as denúncias de abuso e violência doméstica sejam comunicadas às autoridades aos primeiros sinais, de forma que seja possível adotar medidas para romper o ciclo de violência antes que ele se conclua com a morte da vítima.

Campanhas têm orientado sobre o combate à violência doméstica

Ao longo do mês de novembro, as forças de segurança desenvolveram uma série de atividades para promover o engajamento na proteção da população feminina. O Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher – EmFrente, Mulher – preparou uma programação especial para os 21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher, ação promovida pela sede brasileira da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, o movimento amplia a já tradicional campanha da ONU internacional para os 16 Dias de Ativismo, que começa em 25 de novembro. A ação no país se inicia um pouco antes, em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e seguiu até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. A antecipação busca enfatizar a dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras.

ROUBO DE VEÍCULOS – Em ponto fora da curva observada nos últimos quase três anos, o indicador de roubo de veículos encerrou novembro 7,7% acima do registrado no mesmo mês de 2020. Foram 406 ocorrências contra 377 do ano passado. Ainda assim, o total atual se mantém muito abaixo de qualquer outro já registrado para o mês na série histórica. Em comparação com o pico de 1.546 casos, no ano de 2015, a marca de novembro último representa retração de 73,7% ou 1.140 roubo de veículos a menos.

Apesar do resultado de novembro, o acumulado em 11 meses mantém a tendência de queda com novo recorde de redução. O número de roubos de veículos somados desde janeiro baixou 38,7%, de 7.398, no ano passado, para 4.534 neste ano – o menor total já registrado para o período desde que teve início a contabilização, em 2002.

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