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sábado, 23 de novembro de 2024

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SALÁRIOS : Supermercados demoram para fechar o acordo coletivo

SALÁRIOS : Supermercados demoram para fechar o acordo coletivo
18 junho
09:02 2015

Sindicato dos Comerciários revela que os salários estão defasados e que os empresários do setor continuam abusando dos empregados, muitos em desvio de função e com dupla jornada de trabalho

O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Pelotas (Secpel), Élvio Zanetti, destaca a dificuldade de fechar a convenção coletiva com os supermercados, além de outros abusos.

Élvio afirma que conseguiram negociar sem dificuldades com os lojistas, garantindo o cumprimento do piso estadual e ganhos reais de no mínimo 2% sobre a inflação. Já nos supermercados, o sindicalista aponta inúmeras dificuldades que vão além das questões salariais. No entanto, destaca que o principal problema é com a intransigência do Sindigêneros-RS, sindicato patronal intermunicipal em que estão incluídos os supermercados, para negociar as convenções. Se a situação se mantiver assim, garante Élvio Zanetti, haverá paralisações.

ÉLVIO Zanetti

ÉLVIO Zanetti

O piso estadual hoje é de R$ 1.053,43 para os empregados do comércio. Segundo o presidente do Secpel, os supermercados continuam pagando de acordo com a convenção negociada em 2013, que fica em torno de R$ 900,00. “Esse valor é irreal para a realidade de hoje e não é justo fechar uma convenção abaixo do piso regional”, assegura Élvio. O sindicalista destaca ainda que o próprio Ministério Público do Trabalho encaminhou indicativos para os sindicatos patronais e de trabalhadores para que não se negociem convenções abaixo do piso.

Élvio Zanetti também denuncia uma prática corriqueira realizada pelos supermercados para pagarem abaixo das convenções. Segundo o presidente do Secpel, os varejos de gêneros alimentícios contratam os funcionários como empacotadores para, logo, colocá-los na função de caixa. Desta forma, acabam por não receber os devidos salários. As cargas horárias irregulares e abusivas também são um problema que, segundo Élvio, assola os funcionários dos supermercados.

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