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segunda, 23 de dezembro de 2024

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Sanep opera transposição de água para a Barragem Santa Bárbara

Sanep opera transposição de água para a Barragem Santa Bárbara
06 dezembro
16:05 2022

O Sanep opera uma das obras de infraestrutura mais importantes dos últimos anos para qualificar o abastecimento da cidade: a transposição de água do Arroio Pelotas para a Barragem Santa Bárbara – o principal manancial do município. Cerca de R$ 500 mil é investido com recursos próprios da autarquia, que atribui à intervenção o potencial de minimizar as consequências da estiagem, um problema histórico que atinge grande parte do Rio Grande do Sul, principalmente no verão.

 

Autarquia investe cerca de R$ 500 mil na obra, que vai injetar mais 300 litros de água bruta por segundo no principal manancial de Pelotas

prefeita Paula Mascarenhas acompanhou a evolução da obra na manhã desta terça-feira (6), na Estação de Tratamento de Água (ETA) Sinnott, e enfatizou a sua relevância para o futuro do abastecimento da cidade e para superar os baixos índices pluviométricos. Conhecendo a área onde foram implantados os novos registros que compõem este sistema, a prefeita salientou que se trata de “uma obra importantíssima para combater a seca que, nos últimos tempos, estamos enfrentando todos os anos, com uma repercussão negativa para a Barragem. Precisamos trabalhar com planejamento e precaução para atenuar os riscos, e é isso que a construção desta nova rede proporciona”.Através da intervenção, mais de 300 litros de água bruta serão injetados por segundo na barragem, detalhou a diretora-presidente do Sanep, Michele Alsina, o que impactará no aumento de volume e em melhores condições de tratamento. “O Arroio Pelotas já cumpre papel de destaque no sistema do município, sendo fonte de abastecimento para as Três Vendas e o Laranjal. Agora, vamos aproveitá-lo ainda mais neste desafio que é enfrentar a estiagem”, pontuou.

Para a transposição, novas tubulações estão sendo instaladas pela autarquia para conectar o ponto de origem, na zona rural, até o seu destino final na área urbana. A água irá percorrer o caminho até a barragem com a força da gravidade, passando por sangas, aberturas naturais e outros trechos que serão desobstruídos e aprofundados pelo Sanep. São aproximadamente cinco quilômetros de trajeto até alcançar o manancial, responsável por abastecer 60% da cidade.EntendaO Arroio Pelotas nasce do encontro de outros dois: o do Quilombo e o das Caneleiras. Uma das principais fontes de água doce do município, o arroio atende a estação de tratamento Sinnott e a unidade móvel instalada no Laranjal. “É um projeto essencial para que Pelotas supere as intercorrências climáticas e o Sanep siga cumprindo com a sua missão de distribuir água tratada com qualidade para 100% da população”, apontou a diretora-presidente.Por que fazer a transposição dessa água e não a do canal São Gonçalo?São dois os motivos principais: viabilidade técnica e econômica, já que a captação da água doce deveria acontecer, no mínimo, passando mil metros da eclusa, além de onerar investimentos muito maiores aos cofres públicos. O Sanep vai usufruir deste volume significativo de água com a operacionalização da estação São Gonçalo, um dos projetos mais impactantes para o município.A salinidade que atinge parte do Arroio Pelotas pode prejudicar a transposição?Não. Isso porque, apesar de terem a mesma origem, a água que será transposta fica em área distinta na bacia hidrográfica, distante do ponto atingido pela salinidade por influência da Lagoa dos Patos, em certo período do ano. Ou seja, não há risco de comprometimento da água que será conduzida à barragem.

Fotos: Gustavo Vara/ASCOM

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