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segunda, 25 de novembro de 2024

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SANTA CASA : Estado sem previsão para liberar recursos

SANTA CASA : Estado sem previsão para liberar recursos
08 agosto
08:40 2018

A crise na Santa Casa de Pelotas, cujo fechamento de leitos e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) reflete diretamente na superlotação do Pronto Socorro do Município, foi debatida segunda-feira, na Secretaria Estadual de Saúde.

A prefeita Paula Mascarenhas buscou junto ao Estado um posicionamento sobre a situação e um possível aporte financeiro para manter o atendimento no hospital, considerada o maior da região. Segundo o secretário estadual de Saúde, Francisco Paz, a normalização dos repasses para o hospital, em atraso desde maio deste ano, não tem previsão de ocorrer. O déficit mensal da instituição supera R$ 1 milhão.

O titular da pasta da saúde sinalizou ao município a possibilidade de pagamento de recursos em atraso referente aos anos de 2015 e 2016, que juntos somam R$ 2,7 milhões. O repasse seria feito em três parcelas. Esse montante, no entanto, diz respeito a rubricas específicas, sendo que nenhuma delas é destinada a hospitais. Em razão disso, a operação precisará passar por análise técnica e jurídica para que seja liberada, a fim de auxiliar na crise. Todavia, a verba corre o risco de não poder ser usada para o hospital.

“Viemos aqui buscando que o Estado colocasse em dia o que precisa para que a Santa Casa retome sua normalidade. Não foi possível. Vamos agilizar o levantamento técnico do orçamento da saúde, para que possamos apontar o que será possível fazer”, afirmou a prefeita.

CRISE na instituição foi debatida em audiência na secretaria estadual de Saúde em Porto Alegre

CRISE na instituição foi debatida em audiência na secretaria estadual de Saúde em Porto Alegre

Sem os recursos, a Santa Casa corre o risco de fechar os setores de traumatologia, cardiologia, radiologia e a maternidade. “Estávamos melhorando a gestão da Santa Casa, reduzindo custos para colocar em ordem. Infelizmente, a falta de repasses do Estado nos desmantelou”, lamentou o provedor da instituição, Lauro Melo. Com isso, o sistema municipal entra em alerta máximo, já que o Pronto Socorro e a UPA ficam superlotados.

“Estamos trabalhando com os outros hospitais da cidade e da região para absorver a demanda e reduzir o impacto”, disse Ana Costa, secretária municipal de Saúde.

Paz apontou que a crise financeira do Rio Grande do Sul afeta os pagamentos a todos os municípios. Segundo ele, são mais de R$ 400 milhões em dívida. Só para Pelotas são R$ 12 milhões.

A reunião foi agendada com auxílio do deputado estadual Catarina Paladini (PSB), que compareceu à audiência. Estiveram presentes também os prefeitos Rudinei Härter, de São Lourenço do Sul, e Selmira Fehrenbach, de Turuçu. A vereadora Daiane Dias (PSB) representou a Câmara de Vereadores.

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