Diário da Manhã

Alguns encaminhamentos e ajustes pela mobilização, a qual prossegue. Assim foi o primeiro dia de protesto dos trabalhadores da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, que ontem apresentaram publicamente o descontentamento pelo momento que lhes é desfavorável, por vários motivos.

Dentre eles, o atraso no pagamento de seus salários, falta de depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), precárias condições de trabalho e negativa à realização do dissídio coletivo.

A movimentação dos trabalhadores começou no inicio da tarde, em frente à instituição hospitalar quando, coordenados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde(SindiSaúde) de Pelotas, eles agilizaram os passos seguintes da mobilização.

Um documento contendo as pautas dos trabalhadores foi elaborado e, segundo a presidente do SindiSaúde, Bianca D’Carla Costa, entregue à provedoria da Santa Casa. Ainda de acordo com Bianca, o documento oficializa os gestores do estado de greve, o qual dura até amanhã, dia 13. Por outro lado, os gestores teriam se comprometido em retornar um posicionamento até amanhã. A sindicalista confirma que em caso contrário a greve começará, pra valer.

“No bloco cirúrgico, os trabalhadores não têm mais uniforme para trabalhar, e o lixo está acumulado pois não há recolhimento”, garante.

A mobilização dos trabalhadores prossegue nesta quarta-feira com nova concentração em frente ao Hospital, às 14h, e caminhada até a prefeitura. O Sindicato quer ouvir a administração municipal sobre a crise instalada na instituição e que atinge não só a população usuária mas, também, os trabalhadores responsáveis pela prestação dos serviços em saúde.

“Alguma medida terá de ser adotada para não piorar ainda mais a situação”, salienta a presidente do Sindicato.

A REPORTAGEM do Diário da Manhã procurou a Provedoria da Santa Casa para falar sobre o assunto, em vão. Fomos informados da ausência do provedor, Lauro Melo, o qual não se encontrava na instituição. Também não conseguimos contato com o administrador.