SAÚDE : Pane na base das Unidades
Cidadão morador no Porto, a cerca de três quadras da Unidade Básica de Saúde (UBS), Puericultura, da Secretaria Municipal de Saúde(SMS) esteve na Unidade há cerca de 15 dias. No período da manhã, esperou quase duas horas para garantir uma senha para marcação de ficha com médico clínico geral, que atende à tarde. Volta no horário recomendado e espera mais ou menos outras duas horas para ser atendido. Precisa de encaminhamento para especialista.
O médico que o atende diz que ele terá de procurar outra UBS, pois sem internet não há como lhe encaminhar via sistema. O espaço estava em reforma. A bem da verdade, a reforma no espaço o deixava um pouco aquém das mínimas e saudáveis condições de saúde recomendáveis.
Cidadão segue adiante: procura a UBS do Fátima, onde lhe pedem um comprovante de residência, mas não aceitam o de um familiar. É preciso uma declaração do dono da residência atestando que o cidadão que mora no Porto – onde possui comprovada residência fixa – também reside no Fátima. Ou seja: uma mentirinha básica.
Entende o cidadão que a solução teria de ser apresentada pela Puericultura, afinal, é na sua zona residencial. Não é o mesmo entendimento dos responsáveis, na SMS. Pelo menos é o que parece.
A cidadã, M.G.L.A. (52) também residente no Porto já passou por situação semelhante. “Peregrinei pelos postinhos do Porto, Fátima e Navegantes, porque minha conta de luz não estava no meu nome. Precisei mentir, com a conta de luz do antigo endereço e fui atendida, lá na Guabiroba”, conta.
A reportagem do Diário da Manhã tentou contato com os responsáveis que lhe foram indicados: Sabrina Lima, Diretora de Ações em Saúde, da SMS, e Natália Pinheiro, chefe de gabinete da secretária municipal, Roberta Paganini. Depois de muito, mas muito, tentar, via telefone, foi atendida pela chefe de gabinete, a qual ouviu o relato da situação e ficou de dar um retorno através de pessoa responsável, do setor de Atenção Básica, Não houve o retorno.