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segunda, 18 de novembro de 2024

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SAÚDE : Trabalhadores aprovam indicativo de greve

SAÚDE : Trabalhadores aprovam indicativo de greve
16 dezembro
09:34 2016

Paralisação dos serviços pode ocorrer na próxima terça-feira caso não haja acordo com os gestores dos hospitais

A possibilidade de paralisação dos serviços está no ar, ronda os estabelecimentos hospitalares de Pelotas. E pode se transformar em realidade nesta semana. Vai depender do resultado da reunião entre trabalhadores da saúde e gestores, na próxima terça-feira.

Na noite de quarta-feira, reunidos em assembleia em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde (SindiSaúde) de Pelotas, na rua Marechal Deodoro, a categoria deixou clara a intenção de paralisar as atividades. Houve, inclusive, manifestações públicas em frente aos hospitais Beneficência Portuguesa e Santa Casa de Misericórdia.

“Queremos respostas e ações às reivindicações dos trabalhadores”, diz Bianca D Carla, presidente do SindiSaúde. Dentre as reivindicações está o reajuste salarial da categoria, que tem data-base em novembro. Os trabalhadores pedem no mínimo o INPC, de 9.6%, além da garantia de direitos adquiridos. E final dos atrasos nos pagamentos dos salários, assim como o seu parcelamento.

Segundo a sindicalista, outro fator relevante é o cumprimento do Piso Regional para todos os técnicos em Enfermagem, de todos os hospitais, nas 180 ou 220 horas. Outra questão rejeitada pelos trabalhadores é a proposição patronal de fixar o 10º dia útil para o pagamento dos salários. “Isso não. A gente sabe que aceitando isso os pagamentos irão ocorrer além da metade do mês”, aponta Bianca. Ela lembra que havia a promessa da Santa Casa de complementação, ontem, do pagamento dos salários de novembro aos trabalhadores, os quais haviam recebido apenas 70% do total. Mas não havia perspectiva sobre o 13º salário.

Sobre o reajuste aos trabalhadores, Bianca diz que está havendo um desencontro de informações: alguns gestores, segundo ela, dizem já ter concedido o reajuste. Isso, no entanto, não condiz com a realidade. “Não é verdade”, garante, alegando que os trabalhadores buscam o que lhes é de direito.

ADICIONAL – Dentre as garantias buscadas pelos trabalhadores, um ponto é crucial nas negociações: a manutenção do adicional de “Urgência e Emergência” aos profissionais do Pronto Socorro Municipal de Pelotas. “Essa foi uma conquista da qual os trabalhadores não abrem mão e vão lutar muito para mantê-la”, aponta a dirigente sindical.

Na terça-feira da próxima semana, enquanto os dirigentes sindicais e patronais estiverem reunidos, haverá na sede do SindiSaúde uma concentração de trabalhadores à espera do resultado das conversações. Daí, a categoria decidirá se parte para a greve, ou não. O indicativo está no ar, ronda os corredores dos hospitais de Pelotas.

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