Diário da Manhã

Quase 10 meses depois da confusão no Estádio do Café, o Brasil volta a enfrentar o Londrina na cidade do norte paranaense. A diretoria rubro-negra revela preocupação em relação à segurança do jogo: não dentro de campo, mas fora do estádio ou nas arquibancadas.

Brasil e Londrina fizeram jogo marcado por confusão na Série D
Foto: Jornal de Londrina

O vice de futebol do Brasil, Cláudio Montanelli, disse ontem que já foram tomadas algumas providências, como o pedido de segurança para a delegação, especialmente no deslocamento do hotel para treinar ou para chegar e sair do estádio no dia do jogo. “É claro que há preocupação, mas desta vez ninguém será pego de surpresa, nem a diretoria do Londrina, nem a Polícia Militar”, afirma.

Montanelli se preocupa ainda mais com o torcedor do Brasil, que deverá comparecer em bom número ao Estádio do Café. “Vamos ter que torcer pelo time em campo e para que tudo ocorra bem fora do estádio, com a torcida. Porque qualquer coisa que possa acontecer, vai desviar nossa atenção. Nós nos sentimos responsáveis pela torcida, porque eles (torcedores) estão lá por nossa causa”, completa o dirigente.

Já os acontecimentos dentro do campo devem ser restringir à disputa pela vitória e pela liderança do Grupo B na Série C do Brasileiro. Mesmo que o principal responsável pela confusão do ano passado, o gerente de futebol, Alex Brasil, esteja de volta ao Londrina, depois de uma passagem pelo Caxias. “Ninguém vai correr o risco de perder o mando de campo de algumas partidas. Os clubes seriam reincidentes”, alerta Montanelli.

A briga do ano passado determinou que 25 pessoas dos dois clubes fossem denunciadas pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Quase todos foram punidos com suspensão.

Mais uma reunião

Desde a primeira semana de agosto, o Brasil tenta liberar a arquibancada móvel no Bento Freitas para aumentar a capacidade de público no estádio. Dois jogos já se passaram – contra Portuguesa e Caxias – sem que o espaço pudesse ser ocupado pela torcida xavante. A busca da solução do impasse continua. Mais uma reunião foi realizada nesta terça-feira, com a participação de dirigentes do clube e do Corpo de Bombeiros.

O comandante regional do Corpo de Bombeiros, Major André Ricardo Silvério disse em entrevista à Rádio Pelotense que as cobranças necessitam ser feitas à empresa proprietária da arquibancada. “A diretoria do Brasil tem cobrar da empresa”, afirmou. Os responsáveis pela empresa não estiveram presentes ao encontro. “O Corpo de Bombeiros está só de expectador”, completou Silveiro.

Além de providências em relação aos degraus de acesso, o Corpo de Bombeiros exige a substituição de tábuas de acento da arquibancada, que estão podres ou com rachadura. Depois de feitos esses reparos, o Brasil pode solicitar nova vistoria. O próximo jogo em Pelotas está marcado para o dia 6 de setembro, diante do Tombense, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C.

O Brasil contratou essa empresa de Caxias do Sul, porque ela já tinha colocado arquibancada móvel em estádio de futebol. Foi no Estádio do Vale, em 2013, quando o Inter mandou vários de seus jogos no Campeonato Brasileiro em Novo Hamburgo, porque o Beira-Rio estava em reforma para a Copa do Mundo.

A reunião de ontem teve a presença, por parte dos Bombeiros, do Major André Ricardo Pereira Silvério e do Capitão Rodrigo Carvalho; e por parte da direção do Brasil do vice-presidente de futebol Cláudio Montanelli; e pela comissão de arquibancada e obras Hamilton Santos, Daniel Halfen, André Araújo e Carlos Renato Moreira; e os engenheiros Bira Leal e Júlio Santos, que são responsáveis técnicos.

Dirigentes do Brasil, integrantes da comissão de obras, engenheiros e Corpo de Bombeiros se reuniram na Baixada
Foto: Carlos Insaurriaga/Assessoria GEB