SELEÇÃO : Jogadores que atuam no futebol nacional estão mais distante do Mundial
Jogadores que atuam em clubes do Brasil perdem espaço no time de Tite
A última convocação da Seleção Brasileira, na segunda-feira, reforçou uma constatação: cada vez mais, o técnico Tite recorre a jogadores de centros periféricos do futebol e abre mão dos que atuam no País. Desta vez, são quatro nomes relacionados da China, Ucrânia e Turquia contra apenas três de times brasileiros.
A presença de Geromel (Grêmio), Fagner (Corinthians) e Rodrigo Caio (São Paulo) na lista para os amistosos do fim de março contra Alemanha e Rússia são pontuais. Os três buscam uma vaga entre os reservas para fechar o grupo do Mundial.
Por outro lado, Renato Augusto, que joga na China, já desponta há meses como titular da equipe e estará à disposição de Tite nos dois jogos. Também integram a lista dois jogadores do futebol ucraniano, Fred e Taison, e um que sobressai atualmente na Turquia, Anderson Talisca,
Logo em sua primeira convocação como técnico da Seleção, em agosto de 2016, Tite chamou oito atletas em atividade no Brasil, entre os quais Gabriel Jesus, então no Palmeiras e hoje no Manchester City. Aos poucos, esses ‘nacionais’ foram perdendo espaço na equipe.
Nas outras duas convocações de 2016, relacionou cinco jogadores de casa em cada uma delas. Para as partidas oficiais de 2017, esse número foi caindo até chegar aos três atuais. Na última lista do ano passado, visando a amistosos contra Inglaterra e Japão, também só havia três de clubes brasileiros – Diego (Fla), Diego Souza (então no Sport) e Cássio (Corinthians).
Pela seleção de Tite, em 20 meses de trabalho, já passaram, por exemplo, quatro goleiros que disputaram as últimas edições do Campeonato Brasileiro – além de Cássio, Weverton (ex-Atlético-PR e hoje no Palmeiras), Marcelo Grohe (Grêmio) e Alex Muralha (que trocou o Flamengo recentemente pela China). Nenhum deles foi lembrado agora.