Diário da Manhã

quarta, 25 de dezembro de 2024

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Sem alvará, Pelotas terá que estrear em Gravataí

18 julho
09:36 2014

Quando a diretoria do Pelotas tinha recuperado um pouco de esperança de fazer em casa o jogo de domingo, diante do Panapolense, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro da Série D, veio a “sentença”: a partida será realizada no Antonio Vieira Ramos, em Gravataí. A quinta-feira foi de mobilização total na Boca do Lobo para tentar obter do Corpo de Bombeiros o Alvará de Proteção e Prevenção Contra Incêndios. Ao contrário da liberação do estádio, os itens de exigências foram ampliados.

“A decisão é da CBF e a incompetência é da Federação”, disse o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelleto, em contanto com a reportagem do DIÁRIO DA MANHÃ. “Viajei para a Copa do Mundo e deixei o meu secretário para cuidar dessa questão dos laudos. Ele é amigo aí do pessoal do Pelotas e ficou empurrando com a barriga. Agora, a CBF deu o canetaço. O regulamento é claro: esses laudos (Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e Vigilância Sanitária) teriam que ter sido encaminhados 10 dias antes do início do campeonato”, completou Novelleto.

Com base num ofício assinado pelo Comandante do Corpo de Bombeiros, Major Eusébio, atestando que o estádio não está interditado e sim sem alvará, o Pelotas conseguiu até uma vistoria da Brigada Militar no final da tarde de ontem. A BM emite hoje seu laudo dando condições de segurança para a realização de jogos na Boca do Lobo.

Estádio da Boca do Lobo segue sem alvará do Corpo de Bombeiros

Estádio da Boca do Lobo segue sem alvará do Corpo de Bombeiros

Barreto admite sair da Série D

Se não houver flexibilidade por parte do Corpo de Bombeiros, dando pelo menos um tempo para que o Pelotas execute as obras necessárias na Boca do Lobo, o clube pode até desistir de jogar a Série D. A hipótese é admitida pelo presidente Lúcio Barreto, lembrando que o atendimento das últimas solicitações dos Bombeiros representa uma despesa de R$ 200 mil e cerca de três meses para a execução das obras.

Dentre as exigências, estão a colocação de barras antiesmagamento, o aumento da mureta na parte superior da arquibancada do lado da Gonçalves Chaves para 1,8 metro e a diminuição da angulação dos degraus das arquibancadas em cerca de 1 centímetro. Esses são os principais itens, além de outros de mais fácil execução, porque é basicamente pedido de sinalização. Esses itens só foram apresentados numa vistoria do Corpo de Bombeiros na manhã desta quinta-feira (justamente a três dias da estreia na Serie D).

O Pelotas terá uma despesa em torno de R$ 20 mil para jogar em Gravataí, além do prejuízo técnico. “É prematuro falar em desistência agora, mas se não houver flexibilidade o que pode acontecer foge de minha condição de dizer o que vamos fazer”, disse o vice-presidente Flávio Gastaud. “Não podemos jogar os quatro jogos fora de casa”, completou.

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