Sem força para evitar a derrota
Brasil teve duas estratégias no jogo, mas produziu pouco e perdeu por 1 a 0 para o Internacional no Beira-Rio
Não foi desta vez que o Brasil conseguiu quebrar o tabu de não vencer o Internacional no Beira-Rio. Já são 32 anos e 10 meses da última vitória no distante ano de 1984. Em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro da Série B, abrindo a 29ª rodada nesta segunda-feira, o Xavante foi derrotado por 1 a 0. O Inter segue líder isolado, com 57 pontos. O time pelotense é o nono com 37.
Clemer não escalou os três volantes – como se previa. Deixou Itaqui no banco de reservas e formou a linha de três meias com Marcinho, Calyson e Misael. A estratégia não apresentava surpresa: era marcar o Inter, com duas linhas de quatro e, entre elas, os volantes. Com a bola, a intenção era sair em velocidade. O Brasil passou o primeiro tempo todo se defendendo. O adversário teve mais de 70% no item posse de bola.
A estratégia deu certo em partes, porque o Inter atacou muito, mas finalizou pouco. Teve uma chance de clara de gol, aos 10 minutos, com William Pottker. O atacante finalizou, Pitol fez a defesa parcial e, na volta, o camisa 99 desperdiçou a oportunidade de colocar a bola rede. Depois teve uma bola na trave em cabeçada de Cuesta, aproveitando uma cobrança de escanteio. O Brasil teve apenas uma finalização. Aos 36, João Afonso arriscou e Danilo Fernandes fez a defesa, sem dificuldade.
Num primeiro tempo muito truncado, houve o acréscimo de cinco minutos. E foi exatamente no último lance que saiu o gol do Inter. D’Alessandro cobrou uma falta ao lado da área pela esquerda e Damião se antecipou a marcação, desviando a trajetória da bola com a cabeça.
EXPULSÃO – O panorama do jogo mudou aos seis minutos do segundo tempo. Sasha fez falta violenta em Eder Sciola e foi expulso. O Brasil saiu de trás, passou a ter posse de bola – até porque Clemer tirou João Afonso para colocar o meia Rafinha. Foi o Inter, porém, que criou chances para marcar gol. Leandro Damião e Cláudio Winck acertaram a bola na trave em dois lances de ataque.
Pitol brilhou em conclusão de Camilo e Eder Sciola impediu que Nico López marcasse um golaço, colocando a bola por cima do goleiro. Já o Brasil só teve uma finalização importante: aos 27 minutos, Rafinha chutou de fora da área e Danilo Fernandes fez a defesa. Faltou qualidade para criar a chance do empate.
INTERNACIONAL
Danilo Fernandes
Cláudio Winck
Danilo Silva
Victor Cuesta
Uendel
Charles
Edenilson
D’Alessandro
(Camilo)
William Pottker
Eduardo Sasha
Leandro Damião
(Nico López)
Técnico: Guto Ferreira
BRASIL
Marcelo Pitol
Eder Sciola
Leandro Camilo
Teco
Marlon
Leandro Leite
João Afonso
(Rafinha)
Marcinho
Calyson
Misael
(Juninho)
Lincom
(Cassiano)
Técnico: Clemer
- Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre
- Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
- Assistentes: Bruno Raphael Pires (GO) e Cristhian Passos Sorence (GO)
- Cartões amarelos: Pottker e Edenilson (I); Pitol, Marlon, João Afonso, Calyson, Teco, Leandro Camilo e Marcinho (B)
- Expulsão: Sasha (6min do segundo tempo)
- Gol: Leandro Damião (50min do primeiro tempo)