Semilla Wind no UnaMúsica
Som instrumental com catorze músicas autorais em live às 19h
Por Carlos Cogoy
A brasilidade das cordas e percussão, pontuada com fraseados jazzísticos. Sonoridade do instrumental pelotense “Semilla Wind”, cujas influências abrangem desde Guinga, Hamilton de Holanda, Hermeto Pascoal, Gilberto Gil, até Dave Brubeck, e os desconcertantes John Coltrane e Miles Davis. O grupo será a atração na quarta edição do projeto UnaMúsica, que acontece nesta quinta. Com início às 19h, live com a banda que surgiu ano passado, e reúne Chris Lemos, Gustavo Mustafé, Esmute, Miro Machado, Fernando Biedrzycki e Davi Batuka. No repertório, catorze composições autorais. Para assistir, acesse Parque Una no Facebook.
SONORIDADE – Sobre o ritmo jazzístico, os integrantes mencionam: “É e não é, justamente por passearmos muito pela música brasileira, acho que isso é mais uma mistura louca, do que se poderia dizer jazz. Apesar de influências fortíssimas dos clássicos como Coltrane, Miles Davis, Dave Brubeck e muitos outros. Não temos uma roupagem muito definida e, olhando de dentro, nenhum de nós conseguiria definir muito bem também. Mesmo se fosse falar em Fusion ou em Música Universal, já estaria um pouco distante do que se pode imaginar, tomando esses termos como parâmetro”. Uma amostra da musicalidade está no canal “Sagrada Casa e Sete ao Entardecer Festival” no Youtube. O registro é da apresentação, em julho, no Sete ao Entardecer da Secult.
LABORATÓRIO criativo é o desafio do grupo, que acrescenta: “Temos diversas influências distintas individualmente, mas também muita coisa em comum. O grupo propõe justamente um laboratório musical, com liberdade de linguagens, para passearmos sem muitas amarras, entre os estilos que nos derem na telha. Então, com muita música brasileira, um pouco de jazz, soul, blues, reggae, pop, rock e o que mais for interessante no momento”. Além do Youtube, a banda também mantém divulgação no Facebook e Instagram. Contatos no email: [email protected]
TRAJETÓRIA – Semilla Wind, ou “semente de vento”, é uma alusão ao Laranjal, onde alguns integrantes residiam, à época da formação. O surgimento ocorreu para as gravações “Chancleta Sessions” – disponíveis no Youtube -, com músicas de Miro e Esmute. Na sequência, houve apresentações na Casa do Tambor, Feira Vegana e festival Pangeia Sonora. Como projeto, após a pandemia, a gravação de disco ao vivo.
INTEGRANTES – Mustafé toca no “Chorei sem Querer”, “Clube do Choro” e “Coletivo Horta”. O mineiro Miro Machado, na terra natal integrou os grupos “Black Sonora”, “Lu Bekerman”, “Seleto Coletivo”. Em Pelotas, tocou com Juliano Guerra e Musaic, e tem o trabalho solo Myro Rizoma. O baterista Esmute tocou no “Burnout” e “Suburban Stereotpe”, e foi sócio do A Vapor Estúdio. Atualmente, além do “Semilla”, também toca no “69 Enfermos”, grupo com o qual excursionou pela América do Sul e Europa. Também atua como produtor musical. Chris Lemos integrou “Causo Beats”, “Matudarí” e “Solo Fértil”. Além do Semilla, também toca no “Coletivo Horta” e “Batuka Sound System”. O trabalho solo é “Os Analectos Homem do Bigode Chinês”. Já Fernando Biedrzycki também está no “Quintal de Sinhá” e “Samba do Rei”. Batuka é músico profissional há mais de vinte anos, residiu na Europa, e tem se dedicado à produção fonográfica.