Serttel apresenta proposta para o Projeto Bike Pel
Dentro de 90 dias o BikePel deverá estar em pleno funcionamento. Ao menos, é essa a expectativa da Secretaria de Transporte e Trânsito (STT), que aprovou o projeto executivo apresentado pela Serttel, na última terça-feira, para a implementação do serviço de compartilhamento de bicicletas na cidade.
A empresa responsável pelo Estacionamento Rotativo recebeu da Prefeitura o termo para atuar, também, como Operadora de Tecnologia de Transporte Credenciada (OTTC).
Na proposta estão contempladas 100 bicicletas no modelo dockless – em que não há a necessidade de paradouros –, espalhadas por 12 estações na Zona Urbana, escolhidas pela Serttell a partir de locais sugeridos pelo Município. O aluguel dos veículos vai ser viabilizado por um aplicativo e em duas modalidades: por tempo, em que a cada 15 minutos de viagem é cobrada a taxa de R$ 1,50; e assinatura mensal, em que o usuário pagará R$ 20,00 para utilizar o sistema quantas vezes quiser dentro de 30 dias, respeitando 30 minutos de uso com intervalos de 15 minutos entre as viagens.
O Executivo decidiu apostar na iniciativa pelos benefícios que traz à comunidade, como a melhoria na qualidade de vida e o estímulo ao uso de um transporte alternativo, o que faz bem para toda a cidade, ressaltou a prefeita Paula Mascarenhas. “Investimos muito em ciclovias e ciclofaixas, desde o governo do ex-prefeito Eduardo Leite, mas faltava esse estímulo pra que as pessoas realmente usem a bicicleta cada vez mais. Fico muito feliz que a gente vá poder oferecer isso pra nossa população em breve”, disse.
TECNOLOGIA COMO ALIADA
A plataforma é similar ao aplicativo da Zona Azul, que funciona com cartões de crédito. Para destravar a bicicleta é preciso realizar a leitura de um QR Code localizado acima da roda traseira, por meio da câmera do celular. O horário de funcionamento do BikePel será das 6h às 23h.
Haverá a cobrança extra de R$ 1,00 a cada 15 minutos excedidos do tempo previsto. Outra penalidade é para quem devolver a bicicleta fora da área de cobertura do sistema, com a taxa de R$ 30,00. Essas medidas buscam evitar o extravio dos veículos.
O app do BikePel ainda permitirá travar a bicicleta sem devolvê-la, em paradas rápidas ao longo do percurso. O secretário Flávio Al Alam explica que, se o usuário quiser parar em uma padaria, por exemplo, poderá bloquear o QR Code durante estes minutos e mesmo assim continuar com o veículo até finalizar a devolução pelo aplicativo.
Estações de compartilhamento
Em abril, quando regulamentou o BikePel, a Prefeitura sugeriu 17 locais iniciais para implementação do projeto, priorizando os mais de 50 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas presentes na cidade, além de instituições de ensino. Destes, a Serttel escolheu os 12 a seguir:
O prazo para que o sistema comece a operar coincide, ainda, com o início da primavera, o que Al Alam vê como um ponto positivo. Conforme o secretário, a época de aumento gradual das temperaturas torna mais propício o uso das bicicletas como meio de locomoção, bem como estimula o ciclismo como prática esportiva ao ar livre.
O design ainda não foi definido, mas as bicicletas deverão ser nas cores amarela e preta ou laranja e preta, com a logomarca do projeto, da Prefeitura, da Serttel e de possíveis patrocinadores.
O que é o BikePel?
O decreto nº 6,165/2019, sancionado pela prefeita Paula Mascarenhas em 12 de abril, regulamentou o serviço de compartilhamento de bicicletas em Pelotas. Nomeado BikePel, o projeto tem por objetivo melhorar a mobilidade urbana no município, explorando o relevo plano e a rede cicloviária, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável da cidade.
O formato se dá como concessão, que pode ser explorada por mais de uma OTTC, com ou sem estações fixas. A Prefeitura decidiu por seguir este modelo, e não a proposta anterior de licitação para uma única empresa, em decorrência das melhorias tecnológicas vistas na área nos últimos anos – a exemplo do sistema dockless.