Diário da Manhã

terça, 19 de novembro de 2024

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SETE AO ENTARDECER : Folclore vivo no som do “RS Jazz”

07 abril
09:34 2017

Segunda às 19h, trio instrumental “RS Jazz” será a atração no Sete ao Entardecer, projeto gratuito no Mercado Público

Por Carlos Cogoy

Sonoridades gaúcha e de diferentes regiões do País. Roupagem jazzística para temas folclóricos. Proposta musical que chega ao quarto ano, já está registrada em disco, e tem sido levada para palcos fora de Pelotas. Ottoni de Leon (baixo elétrico e acústico), Hamilton Pereira (violão e guitarra), e Igo Santos na bateria, integram o RS Jazz que apresentará show no pátio do Mercado Público. O grupo será a atração do projeto “Sete ao Entardecer” da Secult, e estará tocando na segunda-feira a partir das 19h. Como local, o pátio do Mercado Público. ENTRADA FRANCA.

Instrumentista Ottoni de Leon

Instrumentista Ottoni de Leon

INSTRUMENTAL – Baixista Ottoni de Leon menciona sobre o surgimento do grupo: “O grupo foi formado no início de 2013. O que nos aproximou foi o interesse pela música instrumental, isto é, a necessidade de manter viva a música instrumental. Em âmbito local, para possibilitar novos trabalhos instrumentais. Além disso, também o aspecto pessoal, proporcionando que tivéssemos contato e envolvimento com a sonoridade. Nós três somos oriundos de Pelotas, e somos músicos com origens diferentes. No entanto, em determinado momento, começamos a intensificar o trabalho juntos. Nalgumas vezes, os três acompanhando alguém, noutras, dois de nós em variados trabalhos. Nossas influências são inúmeras, mas a música instrumental brasileira, acredito, é a mais pesada. Então, trabalhos como o Zimbo Trio, Nosso Trio, Luizão Maia, Kiko Freitas, Hélio Delmiro, e o João Bosco que, apesar de não ser um trabalho instrumental, é uma grande influência para os três. Não temos uma preocupação prévia com o que a música que fazemos vai parecer. Trabalhamos com uma certa liberdade, mas é música instrumental e nossas raízes estão no sul, o que não nos impede de tocar qualquer gênero ou repertório. Nossas raízes estão aqui, por isso o RS, e o termo jazz como referência à liberdade”.

REPERTÓRIO – Em relação ao som do trio, Ottoni observa: “Nosso repertório é uma mescla de temas do folclore brasileiro, com músicas que gostamos de tocar. Nas músicas do folclore respeitamos as melodias e alguns acentos, mas damos a elas uma roupagem um pouco diferente da habitual. Trabalhamos bastante com improviso sobre os temas do folclore. E são temas lindos, muito antigos, que se mantiveram vivos através da história horal. Uma forma de mantê-los vivos é fazendo a própria interpretação do tema”.

OUVIR – Em 2015, o trio gravou o disco “Folclore Vivo”. Além das músicas, também houve o registro em vídeo. “Temos um canal no YouTube, e os vídeos foram feitos na gravação do CD. Gravamos as músicas no estúdio ‘A Vapor em Pelotas’, e o Alexandre de Leon captou as imagens, que posteriormente foram editadas. Então o CD nos gerou um trabalho audiovisual, que está no canal do YouTube intitulado ‘RS Jazz’. O CD foi gravado ao vivo no estúdio, sem cortes ou consertos, o que rolou na gravação foi para o disco”, diz Ottoni. Para o show de segunda-feira, apresentação com uma hora de duração. No repertório, folclore nacional e músicas do repertório latino-americano instrumental. O disco poderá ser adquirido no pátio do Mercado Público. O músico acrescenta em relação à agenda de shows: “Já temos alguns shows confirmados, que vão rolar neste ano. Pretendemos retomar o trabalho com mais força também, pois ano passado fizemos poucos shows, já que estávamos comprometidos com outros trabalhos”.

Talentoso Hamilton Pereira

Talentoso Hamilton Pereira

CENA jazzística em Pelotas, conforme o baixista: “A música popular instrumental tem um histórico de ser um nicho difícil quando se trata de remuneração, mas também tem um público fiel e músicos extremamente fiéis a ela. Nos últimos anos em Pelotas, tivemos eventos que até então jamais imaginamos que existiriam por aqui, como o Pelotas Jazz Festival, eventos com produção local e viabilizados através de políticas públicas. Essas promoções ajudam muito a trazer mais público para a música instrumental. Consequentemente aumenta a produção do som instrumental local, o que enriquece ainda mais a cultura musical da região. De forma quantitativa acredito que Porto Alegre tenha mais oportunidades para a música instrumental, já qualitativamente Pelotas tá muito bem. A Secult sempre oportuniza a música instrumental em seus editais, e existem eventos de produtores locais que a priorizam. No entanto, já tocamos na capital gaúcha, e pretendemos retornar”.

DISCO , abrange temas do folclore, interpretando-os como se “seguissem em movimento”. Os músicos divulgam: “O disco é um resgate de temas do folclore brasileiro, teve um trabalho grande de pesquisa da nossa parte, depois também um trabalho árduo para adaptar os temas ao nosso jeito de tocar sem descaracterizá-los demais”.

O CD foi viabilizado através de financiamento, mediante seleção em edital, do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROCULTURA). A criação gráfica foi de Emerson Ferreira da equipe Nativu Design.

                Repertório do show

1-    Cangoma me Chamou  (folclore mineiro)

2-    Moro na Roça  (folclore carioca)

3-    Prenda Minha  (folclore gaúcho)

4-    Pezinho  (folclore gaúcho)

5-    Duerme Negrito  (folclore argentino)

6 – Viola meu Bem (folclore baiano)

7- La Pesada  (Luis Salinas)

8 – Dinorah  (Ivan Lins)

9 – Canto dos Escravos de Minas Gerais (folclore mineiro)

10 – Breezin (George Benson).

O show do grupo tem entre cinquenta e sessenta minutos de duração.

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