SEXTO MANDATO : Para ter novas conquistas
Ricardo Fonseca elege agora dois objetivos: reativar a base e ter um CT
Ao ser empossado para mais dois anos na presidência do Brasil, Ricardo Fonseca diz que se sente motivado para buscar novas conquistas. “O que me manteve até aqui foram as conquistas todas que o clube teve desde 2012. O mais fácil para mim agora era ir embora, deixando o clube na Série B do Brasileiro, depois de ter pegado o Brasil na Série B do Gauchão. Mas tem mais coisa a fazer. Mais o que conquistar”, afirmou.
Ricardinho apontou dois objetivos para 2017, além naturalmente de manter pelo menos o estágio atual no futebol (primeira divisão estadual e Série B nacional). “Vamos investir um valor considerável nas categorias de base. O Brasil vai ter dois times fortes na base: o sub-15 e o sub-17”, afirmou. Jorge Moro, o Patinho, vai ser o vice-presidente do departamento de base do clube. Será contratado um coordenador, o qual estará subordinado ao gerente executivo Armando Desessards.
O segundo objetivo é finalmente construir um CT (centro de treinamento). Em janeiro o primeiro campo de treinamento no CT da Sanga Funda deverá ser entregue ao técnico Rogério Zimmermann. O presidente destaca também a evolução financeira. “Hoje, o Brasil está pagando suas contas e, depois, com dinheiro, poderemos conquistar ainda muito mais”, completou.
ANTES E DEPOIS DE RICARDINHO
O discurso não é o seu forte. Ele não tem o dom da palavra, mas está definitivamente na história do Grêmio Esportivo Brasil. Ricardo Fonseca é o dirigente que mais tempo permaneceu na presidência do clube. Essa marca já tinha sido alcançada no ano passado e, na sequência, ainda mais três anos de mandato, considerando os dois que vem pela frente. Não bastassem o tempo no cargo, Ricardinho tem as conquistas no futebol: tirou o Xavante da segunda divisão gaúcha para colocar na Série B do Brasileiro.
Ricardo Fonseca assumiu a presidência do Brasil no final de 2011, mas para a gestão do exercício no ano seguinte. Foi eleito talvez até pela falta de uma outra candidatura – num momento em que o clube se encontrava há três anos na segunda divisão gaúcha e havia perdido vaga no calendário nacional. Ricardinho acertou em cheio ao insistir na contratação do técnico Rogério Zimmermann. A partir daí, com vitórias, boas campanhas, títulos e acessos, a desconfiança se transformou na consagração pessoal do presidente.
“Não tem outro dirigente no futebol brasileiro como a minha sequência de conquistas. Não tenho muito títulos (apenas dois do interior e um da Segundona gaúcha), mas tenho acessos e isso também é taça”, diz o dirigente, que superou Augusto Simões Lopes, que ficou quatro anos na presidência do Brasil entre 1917 e 1921; e Hélder Lopes que não chegou a completar o quarto mandato entre 2007 e 2010.
A diretoria do Brasil para o biênio 2017/2018 é composta por Ricardo Fonseca (presidente), Eduardo Fagundes (vice administrativo), Cláudio Montanelli (vice de futebol), Selmar Pintado (finanças), Giovane Alcântara (jurídico), Jorge Moro (base), Gustavo Dantas Lahm (médico), Ubirajara Leal (patrimônio) e Sylvio Ballverdu (marketing).
*Dois nomes surgem como jogadores que interessam ao Brasil. São os atacantes Fernando Viana e Heliardo, que jogaram a Série B do Brasileiro pelo Joinville.