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sábado, 16 de novembro de 2024

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SHAKA BULLETS : Duo comemora aniversário no SEST/SENAT

SHAKA BULLETS : Duo comemora aniversário no SEST/SENAT
24 março
09:08 2016

Sábado às 19h30min no SEST/SENAT, duo “Shaka Bullets” recepcionará convidados no show do primeiro ano

Por Carlos Cogoy

Voz e violão com Eduardo Guerra Machado. Guitarra e gaita de boca com Yuri Canabarro Barbosa. Eles formam o “Shaka Bullets”, que está completando o primeiro ano. Para assinalar a trajetória, o duo pelotense estará realizando show especial no sábado. A partir das 19h30min no teatro do SEST/SENAT – avenida Ildefonso Simões Lopes 1.206 -, eles estarão apresentando o repertório que tem gêneros como o rock, folk, blues, country e surf music. “Nosso repertório é predominantemente composto por músicas em inglês, pois nossas referências básicas são bandas e intérpretes internacionais. Alguns: B.B. King; Eric Clapton; Bob Dylan; Beatles; FooFighters; Kings of Leon; John Mayer; Pink Floyd; Jimi Hendrix; Creedence”, dizem os músicos. Além da parceria com Serviço Social do Transporte (SEST), e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), também são apoiadores: Estação 74; Cavalo Branco chopes e petiscos; Trópico; A vapor estúdio; Kondo Sushi Lounge; BodyArtTattoo.

Yuri Canabarro Barbosa e Eduardo Guerra Machado estão preparando o primeiro disco

Yuri Canabarro Barbosa e Eduardo Guerra Machado estão preparando o primeiro disco

CONVIDADOS – Formados em produção fonográfica na UCPel, Eduardo e Yuri são músicos residentes em locais como: Bierlager; Bar da Lua; Kondo Sushi Lounge; Cavalo Branco; Quiosque da Brahma (Rio Grande); Tu Casa (Jaguarão). Ano passado, eles tocaram na Fenadoce, vivenciando a presença de grande público. Em agosto, o duo estará na agenda do projeto “Terça com Música” no Mercado Público. Para celebrar o primeiro ano, o show de sábado – duração será entre 2h30min a três horas, com espaço para improvisos entre as apresentações -, contará com dezesseis convidados: Alex Vaz; Alinson Alaniz; Bruno Rosa; César Lascano; Daniel Ortiz; Eric Peixoto; Ícaro Chaves; Luã Funari; Mateus Brod; Matheus Costa; Matheus Torres; Matt DeHarp; Nina Mayer; Olívia; Rafa Chapper e Stefano Rosa. Antecipados podem ser adquiridos Kondo Sushi Lounge  – Gonçalves Chaves 410; Papuera bar  – Alberto Rosa 51; Loja Trópico  -Shopping Pelotas;  CD house – XV de Novembro 666, loja 96 da galeria Zabaleta. Primeiro lote a R$15,00, segundo a R$20,00, e terceiro a R$25,00. Também é possível adquirir através da “fanpage” do duo: facebook.com/shakabullets.com. E-mail:  [email protected]

YURI menciona sobre a trajetória artística: “Meu começo musical foi as nove anos. E comecei aprendendo a tocar violão. Aos treze ganhei minha primeira guitarra, e foi amor à primeira vista. A partir daí aos quinze formei um trio de música instrumental chamado ‘Le Randers’. Tocávamos composições próprias e participamos em alguns festivais. Dos dezoito aos dezenove anos morei em São Paulo, onde estudei guitarra no conservatório Souza Lima. Hoje participo do Projeto Diablues e Shaka Bullets Duo, ambos na área do blues/rock”.

EDUARDO Machado é instrumentista desde os oito anos. “Meu primeiro instrumento foi a bateria. Depois, ao ver minha mãe cantando e tocando releituras da MPB em bares da cidade por hobby, demonstrei interesse por instrumentos de corda. Achei um violão velho em casa e comecei a estudá-lo. Alguns anos depois ganhei minha primeira guitarra, e quase sem perceber estava tocando em bandas de garagem, participando de festivais de rock underground e festas nas casas dos amigos. Passei por várias bandas. As mais recentes: Zênite; Triângulo das Bermudas e Elvis e os capangas”, diz.

O desafio da arte como profissão 

Eduardo e Yuri salientam a opção pela música como profissão. Trata-se de desafio, pois as circunstâncias nem sempre são favoráveis. Eles explicam:

– O assunto é bastante delicado, pois obviamente existem dois lados, o consumidor e quem oferece o serviço, no caso os músicos e casas noturnas. Pelotas é extremamente rica em cultura, temos artistas de todos os cantos do país, e alguns até de fora, que vêm das mais diversas vertentes, com influências variadas e muita vontade de mostrar sua arte e, de alguma maneira, impactar o meio onde vivem. Obviamente, falando em relação à música, visto que temos muitos artistas, intérpretes e bandas residentes e atuantes na cidade, seria sim interessante haver um número considerável de locais, com uma remuneração compatível ao serviço oferecido. Porém, viver de música não é algo difícil somente em Pelotas ou no Estado. E nunca ouvimos um músico dizer que conseguiu sua estabilidade financeira de maneira rápida e fácil. Não é um caminho simples, mas não é impossível, bem como qualquer outra profissão é necessário o comprometimento, profissionalismo, foco e coerência. Existem lugares para tocar, pessoas querendo ouvir boa música e dispostas a pagar o preço justo por isso, nossa função é buscar os meios e adequar nossa maneira de trabalhar de acordo com a evolução do mercado, porém sem prostituição do nosso serviço e nossa arte.

Mais espaço à música de qualidade

O duo “Shaka Bullets” – originalmente foi trio, com a participação de Luã Funari no baixo -avalia acerca da cena local. A cidade é diversificada e heterogênea musicalmente ou, na verdade, são ‘guetos’, algumas parcelas q curtem determinados sons, prevalecendo na maioria da população, a massificação com os modismos e besteirol?

– Acreditamos que Pelotas seja um reflexo do resto do País, obviamente existem gêneros musicais predominantes no “mainstream”. Sempre foi assim e sempre vai ser, mas cada vez as mídias sociais estão tomando mais força. Obviamente isso não é a solução para tudo, mas é sim uma ferramenta incrível se utilizada da melhor maneira. Música e arte sempre serão algo presencial, aquela coisa do olho no olho, o calor e empolgação de cantar o refrão da tua música favorita num show em coro com uma multidão, ou então, simplesmente ir assistir a banda dos amigos num bar local e viver bons momentos juntos. O que queremos dizer é que não podemos deixar de fazer algo só porque é diferente ou “vende” menos do que outro produto ou gênero, ou seja lá o que for. O importante é saber diferenciar e dar devido valor à cada situação, e isso é realmente algo muito pessoal. Gostamos muito de frase que, ouvimos recentemente e, para nós, explica muito em relação ao assunto: “o verdadeiro problema não é o produto massa, e sim o homem massa”.

 

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