Show “Traje espacial” com Dudu Borba no Mercado
Música de esquina que se canta em qualquer lugar, mas não se ouve em lugar nenhum. Mote que caracteriza a arte de Aires Roberto, ou “Dudu Borba”, como se indentifica artisticamente. Quinta ele estará apresentando o repertório do disco “Traje Espacial”, viabilizado através de financiamento do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROCULTURA). O show acontecerá às 19h no Bem Brasil – Mercado Público -, e contará com Miro Machado e Davi Batuka. O evento será uma das três mostras, previstas como contrapartida ao financimento público. Além do “Bem Brasil” – lojas 14 e 15 no Mercado -, também haverá show no bairro Simões Lopes, e o lançamento do disco. O CD está em fase final de gravações, e o lançamento acontecerá no primeiro semestre deste ano. “Traje espacial” também é tema de documentário, produzido pela equipe do Ponto de Cultura “Outro Sul”. Para assistir acesse: duduborbaoutrosul.blogspot.com.br
BAIRRO – Artista popular que canta sobre as peculiaridades do cotidiano na periferia, Dudu tem músicas como “Marlon Brando do Fragata”, composição bem-humorada remonta aos anos oitenta. Na letra, versos como: “Meu bem, pra te ganhar, será que eu vou ter que botar terno e gravata? /Ou uma roupa especial, tipo traje espacial? /Ou então botar uma máquina e passar por ti, de pau, e te acenar, como se fosse o tal?”. Mesclando samba e MPB, o funcionário público encontra na arte uma expressão marcada pela espontaneidade. Suas composições fluem e contam sobre amores, observações e pensamentos instigados pelo cotidiano. No repertório autoral, também composições como: Em mim; Pulo no escuro; Preciso desatar esse nó; O ar pesou; Vou andando; Sob as luzes da cidade; A casa do meu amor; Casaco cinza e preto; Conversa de Bêbado.
TRAJETÓRIA – Dudu é da Várzea, e o primeiro contato com o violão foi aos sete anos. O pai levou o instrumento para casa e, diz o compositor, nunca soube ao certo se seria para o uso dele ou paterno. O resultado é que Dudu passou a dedilhar, dedicando-se à musicalidade. Na trajetória, aulas com o violonista Carlinhos Ferreira. Também houve a experiência de integrar a Banda Musical do Gonzaga. Amigo dos irmãos Marco e Totonho Fragoso, passou a compor, escrevendo sobre as suas “observações”. E sua arte começou a chegar ao público neste começo de milênio em shows como: projeto 277; “R$0,80 de uísque”; Criadores e criaturas; Traje espacial – show no Bar do Zé.
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