Simers pede informações sobre situação da maternidade do HE
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) encaminhou um ofício à Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas pedindo informações a respeito das obras na maternidade do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e sobre a contratação de um plantonista específico para o setor. Conforme informações prestadas pela direção da universidade, essas duas providências estariam a cargo do Executivo e do Hospital Universitário São Francisco de Paula.
A solicitação do Simers foi motivada pelo fato de que a maternidade do Hospital Escola é referência para as gestantes suspeitas de portar Covid-19. Além disso, a instituição de saúde é serviço porta aberta para os usuários do SUS e referência em gestação de alto risco e que, no local, não há separação física eficaz de pacientes suspeitas ou confirmadas de serem portadoras de Covid-19 das gestantes que dão entrada normal pelo sistema. A entidade médica ressalta ainda que em inúmeras ocasiões há apenas um(a) médico(a) plantonista na escala, sendo o mesmo responsável por atender todas as pacientes (gestantes com Covid-19 ou não) e que a falta de um plantonista específico para tratamento das gestantes suspeitas ou portadoras da doença e de uma efetiva separação da maternidade geral da maternidade Covid-19 (do mesmo prédio e não tão somente em uma sala) representa risco de contaminação das parturientes.
No dia 31 de julho, o Simers havia notificado a direção da UFPel a respeito do assunto e recebeu a resposta de havia sido firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre Ministério Público do Estado, HE UFPel/EBSERH, Hospital Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, Hospital Universitário São Francisco de Paula e a Secretaria Municipal de Saúde. No TAC, a realização de obras para a maternidade COVID-19 estaria sob a alçada desta administração pública, assim como, a contratação de um médico plantonista para este setor ficou ao encargo do Hospital Universitário São Francisco de Paula.
“A separação das gestantes, parturientes e puérperas com COVID-19, bem como a contratação de outro obstetra para atendê-las, exclusivamente, são questões que exigem a máxima celeridade não só para evitar a disseminação da doença, mas também para que o grupo diagnosticado com ela receba o cuidado adequado demandado pela própria patologia”, afirmou a diretora-ajunta de Interior do Simers, Daniela Alba.