Municipários em greve voltam a realizar panfletagem e manifestações hoje

A prefeitura de Pelotas está ajuizando, por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), uma ação de Interdito Proibitório, contra o Sindicato dos Municipários (Simp), para que responda legalmente por ter impedido, ontem, que os servidores da Secretaria de Receita (SR) entrassem no prédio, localizado na rua General Osório, 605, para trabalhar. A ação também visa evitar atos semelhantes no futuro.

Durante o bloqueio da entrada da SR pelo grupo de manifestantes em greve, a Guarda Municipal esteve presente e a Brigada Militar (BM), chamada pela prefeitura, lavrou termo circunstanciado sobre o ocorrido, mas optou por não utilizar a força e aguardar a determinação judicial.

Após esperar por mais de quatro horas, na calçada, os servidores que foram impedidos de trabalhar foram embora, indignados com o ocorrido.

SERVIDORES impedidos pelos grevistas ficaram indignados

Prestes a se aposentar, uma das servidoras municipais que foi impedida de entrar no local de trabalho disse estar triste e constrangida. “Me sinto humilhada. Em 24 anos de serviço municipal, nunca tinha passado por algo assim. Quem está trabalhando merece respeito. Vou me aposentar levando esta triste lembrança”, argumentou. A funcionária salientou que é a favor da conversa entre sindicato e administração, mas contrária à greve.

Municipários em greve realizam atividades

O calendário de atividades definidas pelo Sindicato dos Municipários para a greve da categoria prossegue hoje com panfletagem no calçadão da rua Andrade Neves, esquina com Sete de Setembro, a partir das 14 horas.Na quarta-feira, concentração na Câmara de Vereadores a partir das 9 horas; quinta-feira, mobilização em frente a Prefeitura, com realização do “Sopão dos R$ 10,00 não dá”, a partir das 10 horas; na sexta-feira assembleia geral da categoria, com primeira chamada às 14 horas e segunda chamada às 14h30min.

DENÚNCIA

O Sindicato dos Municipários recebeu denúncia de pais de alunos da Escola Municipal Dr. Alcides de Mendonça Lima, de que o estabelecimento está funcionando sem monitores, sem o fornecimento de merenda aos alunos e sem recreio.

Conforme as denúncias, isto decorre do fato de que os funcionários estão paralisados e apenas alguns professores mantêm suas atividades, sendo que a Escola vem funcionando precariamente apenas por pressão da Secretaria Municipal de Educação.

Diante das denúncias, o Simp encaminhou ofício ao Conselho Municipal de Educação requerendo providências.