Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região realiza “Dia de Luta” no Bradesco
Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira, dia 10 de agosto, diretores do Sindicato dos Bancários estão dialogando com funcionários e clientes do Bradesco, em Pelotas, sobre a atual situação do Banco. Mesmo com um lucro líquido de mais de R$ 14 bilhões, no 1º semestre de 2022, agências estão sendo fechadas e muitos bancários perderam seus postos de trabalho, em todo o país.
Em Pelotas, conforme ressalta o diretor Sérgio Seus, além do adoecimento da categoria, que resulta da sobrecarga de trabalho e da cobrança por metas abusivas, outra questão que tem preocupado muito é a da segurança. “O Bradesco transformou algumas agências em escritórios de negócios. Estes locais, que anteriormente eram agências, agora não têm porta giratória nem vigilantes. Então, os funcionários ficam, ali, à mercê de qualquer acontecimento que possa surgir, inclusive de alguma atitude intransigente por parte de algum cliente”, alerta.
Falta segurança nos PAs
Sérgio chama à atenção, ainda, para o fato de que os PAs, nos municípios menores, do interior gaúcho, além de não possuírem porta giratória e vigilantes, não são equipados nem mesmo com câmeras de segurança. “Verificamos a situação na nossa base, e estes PAs, que funcionam com um ou dois funcionários apenas, acabam sendo submetidos a todo tipo de risco, porque eles lidam com questões de endividamento e pessoas descontentes. Então, nós, enquanto Sindicato, ressaltamos que esta é uma questão que nos preocupa muito e precisa de solução imediata”, enfatiza o dirigente sindical, que fala em nome dos bancários de Pelotas e Região.
Campanha Salarial
O entendimento da direção do Sindicato é de que, durante esta Campanha Salarial, o Bradesco tem a chance de reconhecer os problemas que estão sendo evidenciados e implementar as propostas apresentadas na mesa de negociação.
“Para superar problemas como demissões, fechamento de agências, assédio moral, metas abusivas e falta de segurança, é preciso que o Bradesco assuma o compromisso de manter os empregos, contratar mais funcionários, implementar programas capazes de dar um basta ao assédio moral e solucionar o problema da falta de segurança nas unidades de negócios”, explica Sérgio Seus.