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domingo, 24 de novembro de 2024

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Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul reforça pedido de atenção com as crianças nos banhos de mar, lagoa e piscinas

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul reforça pedido de atenção com as crianças nos banhos de mar, lagoa e piscinas
16 fevereiro
09:11 2023

Incidentes podem ocorrer em questão de segundos, portanto, é fundamental que as crianças sejam supervisionadas constantemente enquanto estiverem na água. A médica pediatra Luciana Barcellos, responsável técnica da UTI de Trauma Pediátrico do Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre, reforça a importância de nunca deixar crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Sempre um adulto deve estar supervisionando de forma ativa e constante o tempo todo.

“Toda a criança deve ser orientada a nadar apenas com supervisão de um adulto. O equipamento adequado para evitar afogamentos em crianças é o colete salva- vidas. Boias infláveis não são seguras. As crianças devem aprender a nadar em escolas de natação especializadas. Pais devem aprender a nadar antes de expor seus filhos a piscinas, mar ou lagoas”, salienta.

O período de altas temperaturas acende o sinal de alerta e a recomendação é ter o cuidado permanente com bebês, crianças e adolescentes

A questão comportamental é um fator importante, especialmente quando envolvem crianças um pouco maiores ou adolescentes. É papel dos pais instruí-los a não superestimar suas capacidades, e a respeitar placas de aviso de perigo em praias e piscinas dando sempre preferência aos locais com guarda- vidas.

“Deve-se ensinar as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar”, completa a médica.

Ambiente doméstico

O ambiente doméstico também oferece perigo de afogamento principalmente a bebês e crianças pequenas que podem se afogar em recipientes com até 5 cm de profundidade. Quando se trata de bebê a dica é esvaziar baldes, bacias , banheiras e manter privadas fechadas. Piscinas devem ser cercadas evitando livre acesso.

Cuidados com o sol

Durante a temporada de praia é difícil convencer as crianças a não brincarem no sol. Porém alguns cuidados são importantes serem seguidos pelos pais com a orientação devida aos pequenos. A pele infantil é mais sensível e, assim como nos adultos, deve ser protegida diariamente. Queimaduras solares na infância aumentam muito a chance de desenvolver câncer de pele na idade adulta.

“Brincadeiras ao ar livre, principalmente no horário de maior incidência de radiação UVB (das 10h às 15h), devem ocorrer em áreas de sombra. As crianças devem estar protegidas com bonés ou chapéus e podem utilizar roupas de proteção solar. Nas áreas descobertas da pele deve ser utilizado protetor solar (preferencialmente FPS 50 ou maior) a partir dos 6 meses de idade”, explica a dermatologista e diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Cintia Cristina Pessin.

O fator mínimo de proteção solar para todos os tons de pele é FPS 30. Crianças, pessoas com pele clara, olhos ou cabelos claros, indivíduos que têm história familiar ou já tiveram câncer de pele devem utilizar preferencialmente FPS 50 ou superior. Não esquecer que áreas como couro cabeludo, orelhas, mãos e pés também devem estar protegidos.

E o bebê? Qual o risco de queimadura mesmo na sombra?

Os bebês possuem pele mais sensível e delicada do que as crianças maiores e os adultos, além de uma área de superfície corporal proporcionalmente maior, o que aumenta a chance e a gravidade das queimaduras solares. Segundo a médica Cíntia Cristina Pessin, mesmo na sombra, queimaduras podem ocorrer (principalmente na praia) por reflexão da radiação UVB na superfície (como areia ou água). Assim, a recomendação é evitar que o bebê permaneça na praia ou piscina (mesmo à sombra) nos horários de maior incidência de radiação UVB (das 10h às 15h).

Bebês de até 6 meses de idade não devem ser expostos diretamente ao sol e devem utilizar medidas de proteção física (como roupas e chapéu). A partir dos 6 meses de idade o filtro solar pode ser utilizado, mas deve ser mineral (também chamado de filtro solar físico ou inorgânico). Ou seja, é importante que seja verificado na embalagem se o filtro solar pode ser utilizado por crianças e a partir de qual idade.

Os filtros solares mais frequentemente encontrados e comercializados (filtros orgânicos) devem ser utilizados somente a partir dos 12 anos. Se um bebê ou criança pequena sofrer queimadura solar, principalmente se surgirem bolhas ou febre, deve ser realizado atendimento médico urgentemente.

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