SONHO DO ACESSO – I parte : 1995: Entre o recesso e o Brasileiro
A primeira vez em que o Brasil sonhou com o acesso para a Série B do Brasileiro foi em 1995. Era a primeira vez de Cláudio Montanelli na presidência do clube. O destaque do time era o habilidoso e preciso na bola parada Luisinho Vieira, que havia chegado do Glória. A campanha foi até à fase de oitavas de final, quando parou diante do XV de Piracicaba, que acabou sendo o campeão da Série C naquele ano.
O Brasil tinha sido rebaixado no Gauchão e havia a tendência de não jogar no segundo semestre. Numa conturbada reunião do Conselho Deliberativo, na qual o presidente do órgão, Pedro Duval, foi deposto, a decisão da maioria foi pela participação no Brasileiro e na Copa João Giuliani Filho (torneio estadual). Montanelli assumiu a presidência, com experiente José Rodolfo Azocar no comando do futebol.
“Foi um marco na história do Brasil em Campeonato Brasileiro, porque o clube voltou a disputar uma competição, numa decisão quase solitária da diretoria, porque pessoas no clube entendiam que o Brasil não podia jogar o Brasileiro”, lembra Montanelli.
Time de 1995 foi até as oitavas de final do Brasileiro da Série C
Foto: Arquivo/DM
O trabalho começou com Edson Rebouças Pontes, o Ceará, no comando do time. Ele saiu após a segunda rodada, sendo substituído por Vacaria. No triangular da primeira fase, que tinha ainda Pelotas e Caxias, o Brasil se classificou em segundo lugar, somando duas vitórias, um empate e uma derrota. O Caxias terminou a fase na primeira colocação.
Na segunda fase, o Xavante derrotou duas vezes o Figueirense: 3 a 1 no Orlando Scaperlli e 2 a 1 no Bento Freitas. Na terceira fase, o time rubro-negro deixou mais um catarinense pelo caminho: a Chapecoense. Empate por 1 a 1 em Chapecó e vitória de 2 a 0 em Pelotas. Já diante do XV de Novembro houve empate por 1 a 1 no Bento Freitas e derrota por 2 a 0 em Piracicaba.
O time base: Cássio; Clairton, Silva, Pablo e Marquinhos Pagodeiro; Nelson, Dido e Luisinho Vieira; Evandro Brito, Ézio e Dario (Vandeco). O Brasil fechou o ano com a conquista do título da João Giuliano Filho. Já no Brasileiro, o Xavante ficou em 13º lugar entre 107 times que disputaram a Série C.
