Diário da Manhã

segunda, 29 de abril de 2024

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SONORA BRASIL: Samba de comunidades quilombolas do Pará

10 novembro
17:57 2014

Nesta terça às 20h, SESC promove Samba de Cacete de Vacaria no aniversário da Bibliotheca Pública Pelotense

Por Carlos Cogoy

Tamboreiros e dançarinas no “samba” que mostra alegria e melancolia

Tamboureiros e dançarinas no “samba” que mostra alegria e melancolia

Ângela Meireles, Maria de Jesus, Manoel Maria, Maria das Graças, Marineu Cruz, Raimundo Moia e Nair dos Prazeres. Percussão e dança sob a coordenação do mestre Benedito Moia. Familiares e amigos, eles são moradores da zona rural de Cametá no Pará. Nesta terça à noite na Bibliotheca Pública Pelotense, integrando o projeto Sonora Brasil do SESC, estarão abrindo a semana comemorativa aos 139 anos do espaço cultural. Espetáculo imperdível. ENTRADA FRANCA.

CONVIDADO – Organizadores acrescentam: “Uma das situações sociais mais recorrentes relacionadas ao samba é ‘o cunvidado’. Trata-se de um movimento de solidariedade e união de forças quando uma pessoa da comunidade vai preparar o terreno para o plantio e todos se juntam para ajudar. Da limpeza do terreno ao plantio, o samba de cacete é tocado no intuito de animar o grupo pra que o trabalho seja feito com eficiência e rapidez”.

Grupo percorre o País com arte quilombola

Grupo percorre o País com arte quilombola

SOM – Sobre a sonoridade, trata-se de batucada, bem como dois cacetinhos num tronco oco. Conforme divulgação: “O nome é devido ao instrumento usado para dar marcação à música, os cacetes, dois pedaços de pau que são batidos no curimbó, cadenciando o ritmo. E o ritmo surgiu das cantigas tradicionais das comunidades remanescentes de quilombos, principalmente o quilombo de Itapocu, na região de Cametá, que fala da tristeza de ser escravo. Tal como o Siriá, outra dança típica da região”.

DANÇA – Em relação às coreografias: “Normalmente apresenta os dançarinos com trajes enfeitados, bastante coloridos. As mulheres usam belas blusas, saias bem rodadas e amplas, pulseiras e colares de contas e sementes, além de enfeites floridos na cabeça. Já os homens, também descalços como as mulheres, vestem calças escuras ou brancas e camisas coloridas, com as pontas das fraldas amarradas na frente. A dança se faz através da movimentação com volteios suaves, acelerando o ritmo, como no batuque africano, expressão corporal característica das danças negras. A musicalidade e a letra do samba de cacete exprimem a tristeza e a dor dos escravos que, quando bebiam, aceleravam o ritmo e a tristeza transformando-se em alegria e depois em melancolia. O SESC descreve o samba de cacete como ‘ecos de tambores africanos na Amazônia tocantina’”.

samba de cacete de Vacaria 6 Samba de Cacete de Vacaria 2

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