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domingo, 17 de novembro de 2024

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SUCESSÃO MUNICIPAL : PT e PCdoB na coligação “A gente pode”

22 agosto
09:46 2016

A deputada estadual Miriam Marroni (PT), e o ex-vereador Luis Carlos Mattoso (PCdoB), estão na disputa à Prefeitura

Por Carlos Cogoy

Você sabia que os agentes de saúde em Pelotas, estão recebendo repasses da prefeitura de apenas R$650,00, embora o governo federal envie cerca de R$1.300,00 para o piso da categoria? Fui informada sobre isso no sábado, durante reunião com alguns desses profissionais. E compreendi melhor a realidade que enfrentam, recorrendo à justiça para buscar valorização, e receberem a integralidade dos salários e incentivos. Firmei um compromisso com eles: assumindo a Prefeitura, vamos cumprir a lei e pagar o piso nacional, valorizando e qualificando os agentes de saúde. Eles são fundamentais para as políticas públicas.” A divulgação é da deputada estadual e candidata Miriam Marroni (13), que está na disputa ao Executivo Municipal. Na campanha “A gente pode”, a coligação é com o PCdoB, representado pelo ex-vereador Luis Carlos Mattozo, que concorre a vice-prefeito. O lançamento oficial da campanha da coligação, ocorreu no início deste mês, com a presença de lideranças como o deputado federal Dionilso Marcon (PT), deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB), ex-prefeito Fernando Marroni, vereadores Marcos Ferreira, Ivan Duarte e Beto Z3.

CAMPANHA “A gente pode” está percorrendo a cidade, numa arrancada em contato direto com a população. Na sexta-feira, a candidata Miriam Marroni esteve visitando a exposição organizada pelo Grupo Autônomo de Mulheres (GAMP), enfocando a violência contra a mulher. No espaço, também a mostra “O trabalho doméstico entre o passado e o presente”, iniciativa do Sindicato das Trabalhadores Domésticas de Pelotas e UFPel. A agenda, desde a convenção a 5 de agosto, tem se intensificado, e a candidata já participou de eventos como o almoço de 37 anos da Associação dos Servidores da UFPel (Asufpel-Sindicato), chá promovido pela Comunidade Católica Cristo Salvador no Pestano, encontro com moradores na vila Farroupilha, roda de conversa na Comunidade Católica São Francisco de Assis no Navegantes, Festival de Bandas Carnavalescas promovido pela Associação das Entidades Carnavalescas de Pelotas (Assecap),  almoço da 31ª Festa de São Cristóvão e dos Motoristas.

SAÚDE – “Pelotas tem condições de ter um programa de saúde, não como nós estamos vivendo agora, com a tristeza e o retrocesso, de filas e filas, pois as pessoas ainda vão de madrugada para a fila do postinho. E muitas vezes não tem médico. Os pelotenses ainda vão pra fila da farmácia, e não tem medicação. As pessoas ficam ainda no corredor do Pronto-Socorro para receber atendimento. É gestão, não é dinheiro. É pelo direito a uma saúde de qualidade, respeitando as pessoas, que devemos nos unir. Essa cidade tem potencial, e é por isso que eu sou candidata. É por esse tipo de direito”, salienta a parlamentar. A área da saúde será a prioridade na gestão da coligação “A gente pode”. A candidata acrescenta: “Pelotas precisa de mais médicos em todos seus postos de saúde, com coleta de sangue direta nos postos, equipes mais fortes do atendimento à consulta, e acesso a prontuários e exames de maneira integrada entre os postos. Precisamos aumentar o número de médicos. Isto é possível, é questão de gestão”.

AÇÕES – Miriam Marroni menciona eixos e compromissos da coligação PT/PCdoB no Executivo municipal: “Nosso programa consiste em fazer a cidade crescer de maneira equilibrada. Pelotas terá mais empregos, priorizando serviços, tecnologia, criatividade, indústrias de equipamentos de saúde e incentivo ao empreendedorismo. Também pretendemos o fortalecimento da indústria alimentícia, e um município como polo logístico. Nas ruas, mais câmeras de segurança, e mais guardas nos bairros. Um novo sistema de iluminação pública, mutirões de limpeza, e asfaltamento em ruas nos bairros e vilas. Outro aspecto fundamental será a ampliação do tratamento de esgoto. E estaremos revisando os aumentos abusivos de IPTU e água. Vamos ampliar a infraestrutura de acessibilidade, reabrir o Sete de Abril, retomar o Carnaval como expressão popular de forma autossustentável”.

A deputada estadual Miriam Marroni (PT), e o ex-vereador Luis Carlos Mattoso (PCdoB), estão na disputa à Prefeitura

A deputada estadual Miriam Marroni (PT), e o ex-vereador Luis Carlos Mattoso (PCdoB), estão na disputa à Prefeitura

EDUCAÇÃO – Em relação a segmento essencial à formação, cidadania e perspectivas de desenvolvimento, a coligação Miriam/Mattozo expressa: “Na educação, planejamos escolas de turno integral com esporte e cultura no turno inverso. Além disso, mais vagas para crianças até cinco anos nos bairros. E uma cozinha escolar com alimentação de qualidade. Então, mais dinheiro do município destinado à educação”.

OBRAS com recursos federais. A candidata frisa que a obra à rua General Osório tem aporte de R$9,3 milhões do governo federal. São melhorias como o corredor de ônibus, asfaltamento, alargamento de calçadas, rampas de acessibilidade e nova iluminação. À avenida Duque de Caxias, o investimento é de R$19,5 milhões. Na Zona Norte, recursos oriundos do PAC2 estão transformando as avenidas 25 de Julho, Ildefonso Simões Lopes e Leopoldo Brod.

VICE – Liderança estadual do PCdoB, Luis Carlos Mattozo foi vereador nos anos noventa. Vinculado ao PSB, concorreu a vice-governador em 2002. Posteriormente, integrou assessorias parlamentares na Assembleia Legislativa. Na juventude trabalhou como comerciário.

Votos em quase duzentos municípios

Reeleita há dois anos à Assembleia Legislativa, Miriam Marroni recebeu votos em 180 municípios. O reconhecimento à sua liderança transcendeu a região. Algumas etapas contribuíram para projetar a parlamentar pelotense. Em 2011, ela foi a líder do governo Tarso Genro no Legislativo. No ano seguinte, esteve à frente da secretaria geral de governo. Conforme explica: “Atuando no gerenciamento dos programas e projetos estratégicos do Estado”.

TRAJETÓRIA – Na eleição de 2010 à Assembleia, Miriam Marroni recebeu 45.450 votos. Na primeira disputa ao Legislativo estadual, elegeu-se como suplente em 2002. Ela chegou a assumir e exerceu o mandato entre 2005 e 2006. Miriam destaca o trabalho pela implantação do Povo Naval em Rio Grande, e a luta na CPI dos Pedágios. Ex-vereadora com quatro mandatos, ingressou no PT nos anos oitenta. Em 1990, tornou-se a primeira mulher a presidir a Asufpel Sindicato.

FAMÍLIA – Com o marido Fernando Marroni, a psicóloga Miriam tem as filhas Camila e Otávia. “Eu gosto de muitos programas, mas aqueles que faço em família são sempre os melhores. Quando estou com o Fernando, as meninas e minha neta Maria Eduarda, sinto-me realizada. É o que me enche de energia para nossas atribuições da vida política”, diz.

Iniciativas para a saúde e segurança

Destaque no parlamento gaúcho, a deputada Miriam Marroni informa sobre iniciativas na Assembleia. Diante do atraso de repasses do governo estadual a hospitais, a parlamentar acompanhou as reivindicações e entregou carta no Palácio Piratini. “Quando o Estado deixa de enviar dinheiro, está sentenciando milhares de pessoas a ficar sem atendimento, agravando doenças e até mesmo levando à morte em alguns casos”, salienta a candidata à Prefeitura.

DOAÇÃO de sangue é tema do projeto de lei 87/2015. O projeto cria a Política Estadual de Incentivo à Doação de Sangue, e o objetivo é autossuficiência do estoque de diferentes tipos sanguíneos. Outra iniciativa do mandato de Miriam, foi o PL 433/2015 que amplia o tempo de maternidade/paternidade aos servidores públicos estaduais. Assim, o período de 180 dias para as mães e quinze dias aos pais, passa a ter o número de dias que o bebê permanecer sob cuidados hospitalares após o nascimento. A deputada também é autora de projeto que estabelece o teste do quadril. A ideia é realizar o exame que detecta a displasia do desenvolvimento dos quadris em todos os recém-nascidos, possibilitando o tratamento e evitando problemas físicos e de locomoção.

SEGURANÇA tem sido um dos temas debatidos pelo mandato da pelotense. Ela é autora da lei 14.842/16. Trata-se da assistência a crianças e adolescentes cujos pais estão presos e, também, a filhos de quaisquer pessoas vítimas de violência. Miriam esclarece: “Muitos desses jovens não têm guarda regularizada e estão vulneráveis a serem atraídos à violência. A identificação e acompanhamento na escola, são o centro de tudo. A lei visa a inclusão, é um instrumento de justiça social e prevenção à violência, com impacto direto na segurança de todos”. Outra iniciativa, prevista para iniciar nesta quinzena, refere-se ao bloqueio de celulares furtados ou roubados. A solicitação deverá ser feita durante o registro do boletim de ocorrência. A ação de Miriam teve a adesão da Polícia Civil, e foi encaminhada à Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Mais notícias: miriammarroni.com.br

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