Diário da Manhã

O cargo de presidente executivo do Pelotas está vago desde o dia 29 de outubro. O presidente do Conselho Deliberativo, Moacir Elias, é que vem respondendo interinamente pelo comando do clube. Essa demorada indefinição tem preocupado aos áureo-cerúleos, embora a força dos argumentos de que é necessário discutir um novo modelo de administração para o clube. Mas há os que entendem ser preciso acelerar o processo e que existem soluções para isso.

Tavares e Soares: modelo de 2001
Foto: Arquivo

“Não é verdade dizer que ninguém quer pegar o Pelotas. Tem sim muita gente querendo ser presidente, mas só não diz isso publicamente e nem nas reuniões”, diz o ex-presidente Manoel Soares. Na reunião de quinta-feira, ele sugeriu o nome de Jorge Votto para ser o candidato a presidente. “O Votto já disse que quer ser presidente. Foi isso que eu lembrei na reunião. Se o Conselho entende que ele não o mais indicado, é outra coisa”, completa Soares.

SUGESTÕES – O ex-presidente apresentou ainda outras duas sugestões. A primeira delas é repetir o modelo administrativo implantado com sucesso em 2001 na gestão de Carlos Augusto Tavares. “Eram sete pessoas que decidiam as questões do Pelotas. O voto do presidente tinha o mesmo peso dos demais integrantes do grupo”, recorda Manoel Soares, que fez parte daquele colegiado.

A segunda sugestão é a formação de um grupo de cinco empresários (relacionados com o Pelotas) que entrariam com o investimento de R$ 100 mil cada um deles num primeiro momento. O dinheiro seria usado para pagar as dívidas mais urgentes e custear o futebol. A resistência está no tempo dessa “parceria”, que teria que ser de pelo menos seis anos, porque a contrapartida seria a participação na venda de jogadores revelados pelo clube, através de uma equipe sub-20.